Juros dos créditos fazem lucro do Santander cair para 504 milhões
Instituição financeira viu o resultado cair 8% no primeiro semestre face ao mesmo período de 2024.

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O lucro do Santander no primeiro semestre atingiu 503,9 milhões de euros, numa queda de 8% face ao mesmo período de 2024.
“Reflete a redução da taxa de juros nos créditos”, explicou o CEO do banco na apresentação dos resultados.
Uma redução que se reflete na descida a pique da margem financeira: caiu 19,3%, refletindo o movimento de redução das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), que entretanto estabilizaram. Em consequência, o produto bancário desceu 14,2%.
A carteira de crédito atingiu disparou 10%, atingindo 51,7 mil milhões de euros.
O crédito à habitação cresceu 6,5% para 24,1 mil milhões de euros com a ajuda da garantia pública de apoio aos jovens: até junho, o Santander concedeu quase 500 milhões de euros em empréstimos ao abrigo do regime aplicável a mutuários até aos 35 anos. São parte do total de 1.700 milhões de euros correspondentes a 9.100 pedidos de crédito.
O volume do crédito ao consumo subiu mais de 10% para 2 mil milhões de euros.
Os empréstimos a empresas estão nos 25,4 mil milhões de euros depois de um crescimento de 13,9%.
O rácio de exposições improdutivas (NPE, ou "Non-Performing Exposures") desceu 0,1 pontos percentuais para 1,5%.
Os recursos de clientes evoluíram 5,7% para 47,7 mil milhões de euros. Os depósitos cresceram 5,1% para 38,5 mil milhões de euros.
A rentabilidade dos capitais próprios (ROTE) está nos 32,9%. O rácio de capital CET 1 ("Common Equity Tier 1") atinge 13,9% depois de uma queda de 13,9% explicada em parte pela incorporação da SGPS concretizada neste ano, o que simpifica, entre outros, o processo de distribuição de dividendos. "Estávamos com capital a mais", afirmou o CFO Manuel Preto na sua última apresentação de resultados antes de assumir funções de controlo financeiro a nível do grupo espanhol.
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