Novo caso de conflito de interesses no Crédito Agrícola chega ao Ministério Público
Um grupo de 120 associados da Caixa de Salvaterra de Magos enviou uma carta ao Ministério Público a reportar um possível caso de conflito de interesses na instituição ribatejana, noticia o Público.
Depois da polémica do pagamento mensal à mulher do líder do Crédito Agrícola, Licínio Pina, o banco está envolvido numa nova polémica que já chegou ao Ministério Público, segundo o Público.
Em causa está um novo possível conflito de interesses na Caixa de Salvaterra de Magos que esta semana foi alvo de uma queixa-crime de 120 associados. A queixa está relacionada com o facto de o presidente executivo da Caixa de Salvaterra de Magos ser irmão do atual presidente da mesa da assembleia geral, que já foi administrador do banco em que o contabilista é seu genro que, por sua vez, é cunhado de um gerente de balcão e sobrinho do presidente, detalha o mesmo jornal.
Ora, após terem tido conhecimento destas relações, um grupo de 120 associados da instituição ribatejana, assessorado por Garcia Pereira, enviou uma carta ao Ministério Público e reportada ao Banco de Portugal e a Licínio Pina.
Este caso acontece depois de, no final do ano passado, ter sido noticiado que a mulher de Licínio Pina, presidente executivo do Crédito Agrícola, auferia cerca de 2.000 euros líquidos mensais, através de uma avença com a instituição. Um pagamento que remontava a 2016 e que entretanto foi suspenso depois de terem sido feitas denúncias que envolveram inclusivamente o Banco de Portugal.
Na altura, Licínio Pina justificou este pagamento ao Jornal de Noticias com a "estabilidade emocional" garantida pela sua mulher. "Para o exercício das minhas funções e responsabilidades, necessito de disponibilidade total e, acima de tudo, estabilidade emocional", explicou.
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