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Polónia quer avançar com novo imposto sobre retalhistas em setembro. JM desce mais de 3% (act.)

A Polónia vai mesmo avançar com um imposto sobre as receitas das retalhistas a partir de 1 de setembro, o que está a pressionar as cotadas do setor. A Jerónimo Martins está a deslizar mais de 5%.

Jerónimo Martins Biedronka
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02 de Julho de 2019 às 08:46

O setor retalhista, exposto ao mercado polaco, está a registar fortes quedas, num dia marcado pelo "regresso" do imposto sobre as receitas do setor, suspenso durante três anos por divergências com a Comissão Europeia. 

O Governo polaco vai avançar com a aplicação de um imposto sobre as receitas geradas pelas retalhistas. O imposto deverá ser implementado a partir de 1 de setembro, de acordo com a informação disponível no site do Governo, citado pela Bloomberg.

A decisão da Polónia de avançar com este imposto surge depois de em maio o Tribunal de Justiça da União Europeia ter dito que a Comissão Europeia cometeu um erro ao considerar que um imposto polaco sobre o setor retalhista constituía um auxílio de Estado, abrindo assim a porta à aplicação do mesmo.

As ações da Jerónimo Martins, que está presente na Polónia através da Biedronka, estão a ceder 5,4% para 13,75 euros. Esta é a queda mais pronunciada das ações desde 31 de outubro, tendo em consideração as oscilações de fecho.  

Jerónimo Martins Biedronka
Polónia quer avançar com novo imposto sobre retalhistas em setembro. JM desce mais de 3% (act.)

A CCC também está a cair 4,29% para 167,50 euros, enquanto os títulos da Dino Polska recuam 0,37% para 134,00 euros, e a Eurocash, liderada pelo português Luís Amaral, está a ceder 2,14% para 20,12 euros.

O imposto em causa entrou em vigor na Polónia a 1 de setembro de 2016 e só se aplicava de forma progressiva a empresas com um volume de negócios mensal superior a cerca de 4 milhões de euros (17 milhões de zlótis polacos). As taxas começavam em 0,8% para o escalão entre os cerca de 4 milhões de euros e os cerca de 40 milhões de euros mensais e de 1,4% para o escalão que ultrapassava este montante.

Em setembro de 2016 a Comissão ordenou às autoridades polacas que suspendessem imediatamente a aplicação da taxa "até que a Comissão adotasse uma decisão sobre a compatibilidade com o mercado interno". Em junho de 2017, Bruxelas considerou que o imposto constituía um auxílio de Estado. Uma decisão que o Tribunal veio contrariar em maio deste ano.

O mercado polaco tem um peso predominante na Jerónimo Martins. A dona dos supermercados Pingo Doce fechou o primeiro trimestre deste ano com receitas de 4,2 mil milhões de euros. Deste valor 2,9 mil milhões vieram da Polónia. 

(Notícia atualizada à 11:08 com atualização das cotações)

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