Os aplausos foram para Bolt mesmo ficando em terceiro
A linha da meta foi cruzada na terceira posição. Usain Bolt não conseguiu dar às cerca de 60 mil pessoas que estavam no estádio de Londres o que elas pediam. A vitória fugiu-lhe para dois norte-americanos: um veterano – Justin Gatlin, de 35 anos, e uma promessa - Christian Coleman, 21 anos, que já tinha batido Bolt nas meias-finais.
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Gatlin, que na sua carreira como profissional foi banido por duas vezes por ter falhado nos testes anti-doping, foi assobiado. Mas no final fez a vénia a Bolt.
Usain Bolt, o jamaicano de 30 anos, ficou em terceiro, com uma marca de 9,95 segundos. O recorde mundial é, no entanto, seu, com 9,58 segundos, conseguidos em Berlim em 2009. Foi também nos mundiais em Berlim que estabeleceu, para já, o recorde nos 200 metros: 19,19 segundos.
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Bolt ficou em terceiro naquela que terá sido a sua última competição individual. Correrá, ainda, mais 100 metros no próximo sábado, nas estafetas 4X100. E encerrará uma carreira de ouro e que não será igualada tão cedo.
Três vezes campeão olímpico (Pequim, Londres e Rio de Janeiro), nos 100, nos 200 metros e só por detecção de substância ilícita num dos parceiros não teve também o tri nas estafetas de 4X100. Em Pequim, a equipa da Jamaica venceu esta prova, mas depois a medalha foi-lhe retirada por ter falhado o teste anti-doping de Nesta Carter. Foi dez vezes campeão mundial. Agora, põe termo à carreira, dizendo-se, no entanto, desiludido por não dizer adeus com uma vitória. Mas ainda tem no próximo sábado essa oportunidade.
Foi dez vezes campeão mundial.
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Agora, põe termo à carreira, dizendo-se, no entanto, desiludido por não dizer adeus com uma vitória. Mas ainda tem no próximo sábado essa oportunidade.
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Garante, no entanto, que não conseguia fazer melhor. Em declarações à BBC, depois da corrida, Bolt agradeceu o apoio "fantástico", dizendo que "não esperava outra coisa, já estava à espera que viessem apoiar. Estou apenas triste por não ter conseguido dar-lhes o triunfo".
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"Fiz o meu melhor", admitiu. E, citado pela Sky Sports, diz não ter lamentos: "fiz o meu melhor. Iria sempre acabar [a carreira em grandes competições] qualquer que fosse o desfecho - ganhasse, perdesse ou desistisse. Iria sempre sair". E a derrota em Londres "não muda nada na minha carreira. Fiz tudo o que podia pelo desporto e por mim. Está na altura de ir".
No final, ainda declarou aos jornalistas, que estava com algumas dores normais da competição, mas que tal não era surpreendente: "estou a ficar mais velho".
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