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Bial investe em fundo de biotecnologia da Biovance Capital

O fundo, que pertence à Biovance Capital, atinge agora os 57 milhões de euros e pretende "reforçar o sistema biotecnológico europeu" com conhecimento inovador no tratamento de doenças raras e neurociências.

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Bial Paulo Duarte/Correio da Manhã
25 de Junho de 2025 às 12:11

Em junho de 2024, a Biovance Capital, o maior investidor na área da saúde em Portugal, lançava um novo fundo de capital de risco: o Biovance Capital Fund I. Na altura, o fundo arrancava com 51 milhões de euros para investir em rondas "seed" e Série A, com montantes entre 1,5 e 6 milhões de euros. O objetivo passa por apoiar o desenvolvimento de novos medicamentos em áreas terapêuticas prioritárias, como a oncologia, imunologia e neurologia.

Desde então, o fundo tem vindo a captar capital adicional junto de investidores da Europa, Ásia e Estados Unidos. Apesar de manter o foco em empresas europeias com projetos inovadores na área da biotecnologia, o Biovance dedica especial atenção ao ecossistema português e ao sul da Europa.

Esta quarta-feira, 25 de junho, a Biovance Capital anunciou a entrada da Bial no grupo de investidores. A farmacêutica portuguesa, especializada em investigação, desenvolvimento e comercialização de medicamentos, junta-se assim a uma carteira que passa agora a totalizar 57 milhões de euros, ficando a apenas três milhões do objetivo máximo de 60 milhões.

“É com grande satisfação que temos a Bial como um dos nossos investidores. O nosso processo de investimento continuará totalmente independente, mas esta parceria proporciona-nos uma valiosa proximidade com a indústria. Além disso, representa uma validação significativa da nossa estratégia por parte do setor farmacêutico”, afirma Ricardo Perdigão Henriques, “managing partner” da Biovance Capital.

O responsável destaca ainda que a entrada da Bial poderá criar “um ciclo virtuoso” e impulsionar o desenvolvimento de novas terapias. Uma visão partilhada por António Portela, CEO da Bial, que considera que este tipo de parcerias “reforça o sistema biotecnológico europeu, fornecendo tanto capital como conhecimento especializado para acelerar o desenvolvimento de medicamentos inovadores”.

Segundo o CEO, a colaboração permite também à farmacêutica nacional ganhar “visibilidade valiosa sobre novas modalidades terapêuticas e plataformas inovadoras”, em linha com o seu foco estratégico nas neurociências e doenças raras. A Bial investe, em média, mais de 20% da sua faturação anual em I&D nesta área e é responsável pelo desenvolvimento de para a epilepsia e a doença de Parkinson, comercializados internacionalmente.

Além da Bial, o fundo da Biovance Capital conta ainda com investidores institucionais de peso, como o Fundo Europeu de Investimento, o Banco Português de Fomento e a Comissão Europeia, através dos programas Portugal Tech e InvestEU. Entre os restantes parceiros destacam-se a Caixa Capital (do grupo Caixa Geral de Depósitos), a Ageas Pensões e o Fundo de Pensões da EDP, bem como vários investidores privados.

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