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BMW vai integrar DeepSeek nos seus próximos modelos na China

O surgimento do DeepSeek, cujo modelo de linguagem se tornou o download número um nos Estados Unidos em janeiro passado, desencadeou uma onda de lançamentos de aplicações semelhantes por parte de grandes empresas tecnológicas chinesas.

Reuters
23 de Abril de 2025 às 13:27

A fabricante automóvel BMW anunciou hoje que vai integrar nos serviços de inteligência artificial (IA) a chinesa DeepSeek nos seus próximos modelos destinados ao mercado da 'gigante' asiática.

O presidente executivo (CEO) da BMW, Oliver Zipse, citado pela imprensa local, explicou no Salão Automóvel de Xangai que estão a "ser produzidos avanços cruciais em IA" na China.

"Estamos a fortalecer as nossas alianças para integrar a IA nos nossos veículos na China", avançou o gestor.

Os novos automóveis da BMW na China contarão com a inteligência artificial da DeepSeek a partir do final deste ano, adiantou.

Nos últimos anos, muitas marcas estrangeiras de automóveis na China têm registado uma queda nas vendas, à medida que as marcas locais com veículos elétricos mais acessíveis ganham terreno tanto no mercado nacional como internacional.

O surgimento do DeepSeek, cujo modelo de linguagem se tornou o download número um nos Estados Unidos em janeiro passado, desencadeou uma onda de lançamentos de aplicações semelhantes por parte de grandes empresas tecnológicas chinesas, como a Baidu, Alibaba, Tencent e Bytedance, ameaçando a supremacia de líderes como a OpenAI e forçando uma reestruturação do setor.

Alguns destes serviços demonstraram capacidades semelhantes ao ChatGPT da OpenAI, de acordo com os portais especializados, mas com um preço mais baixo, o que intensificou a concorrência no setor.

As autoridades chinesas elogiaram também a abordagem de código aberto de vários destes serviços, incluindo o modelo de linguagem do DeepSeek, que não restringe a capacidade de terceiros de modificar a sua estrutura subjacente e adaptá-la a necessidades específicas.

No entanto, alguns especialistas do setor expressaram ceticismo sobre o surgimento repentino de tantos serviços semelhantes na China, e existem dúvidas sobre o real potencial de expansão global dos 'chatbots' chineses devido à censura das autoridades.

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