CIP celebra 50 anos com novo logo e "novo ciclo" com mais "instrumentos" para a competividade das empresas
"A CIP está claramente a entrar num novo ciclo", afirma o líder da confederação.
A CIP - Confederação Empresarial de Portugal, que celebra 50 anos esta quinta-feira, muda de logo, e promete dar mais "ferramentas" e instrumentos concretos" aos empresários para aumentarem a produtividade das empresas e a competitividade dos seus produtos, segundo comunicado.
"A CIP (...) vai municiar mais os empresários nacionais com ferramentas e com instrumentos concretos para aumentarem a produtividade das suas empresas e a competitividade dos bens fabricados e dos serviços prestados no mercado global", lê-se na nota.
Assim, novos programas de formação em Inteligência Artificial (IA) para executivos, gestores, trabalhadores e estudantes, e iniciativas "para capacitar Portugal para a inovação tecnológica ao serviço do desenvolvimento económico, da coesão social e da soberania digital, vão ser anunciados nas celebrações dos 50 anos da CIP", no próximo dia 06 de novembro, adianta o comunicado daquela entidade.
"Se nos primeiros 50 anos a CIP foi o principal interlocutor dos governos na definição das políticas económicas e dos sindicatos na concertação social, a partir de agora vai somar a estes papéis a novas missões como dinamizadora e como agente de qualificação do tecido empresarial português", realça Armindo Monteiro, presidente da confederação, citado na nota.
"A CIP está claramente a entrar num novo ciclo", afirma o líder da confederação, acrescentando: "Preparada para ser um dinamizador da transformação económica, social e industrial junto das empresas e dos empresários, contribuindo dessa forma para que Portugal seja mais competitivo na economia digital".
"Enquanto maior confederação empresarial do país, a CIP assume-se, não só como uma mobilizadora das empresas, mas também como um parceiro do Governo em políticas públicas que aumentem a produtividade e a competitividade da economia portuguesa".
Para tal, o presidente da CIP considera decisivo simplificar os procedimentos que o Estado exige aos cidadãos e às empresas. "A desburocratização é um dos esteios do Pacto Social", sublinha na nota.
Na cerimónia da celebração dos 50 anos, esta quarta-feira, que conta, segundo o comunicado, com a intervenção do ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida e cujo encerramento será feito pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Armindo Monteiro anunciará o "novo ciclo" da CIP.
A confederação vai também aproveitar a ocasião para apresentar a nova logomarca, que o designer Eduardo Aires criou. O ponto de partida da recriação da marca foi centrado no acrónimo CIP, enquanto Confederação da Indústria Portuguesa. "Esse nome constitui a origem, o fundamento histórico e o lugar de memória da instituição", afirma Eduardo Aires.
"Contudo, a confederação evoluiu, ampliando o tecido económico que representa para o comércio e os serviços: hoje a CIP é Confederação Empresarial de Portugal", acrescentou.
"A nova marca permite observar em primeiro plano o acrónimo CIP, mas, no desenvolvimento da sua estrutura e leitura tipográfica, torna possível também ler o acrónimo CEP", afirma Eduardo Aires. "Esta dupla leitura é intencional. É um dispositivo visual que une duas temporalidades num mesmo signo sem artifícios estilísticos".
Além disso, será lançado o livro "CIP - 50 Anos de Futuro". O livro conta a história da confederação desde os contactos preparatórios dos empresários fundadores, logo após o 25 de Abril, até aos nossos dias.
"O traço que mais nos impressionou na nossa investigação, e nas entrevistas que fizemos aos diversos protagonistas, foi o paralelismo e a interação constante da CIP e das suas intervenções no espaço público com o processo de consolidação e crescimento da democracia portuguesa", afirma Gonçalo Bordalo Pinheiro, coordenador da equipa que escreveu o livro.
E no dia da celebração haverá uma exposição fotográfica que relata, em imagens, momentos marcantes de afirmação da indústria e das empresas no Portugal democrático.
Os presidentes da CIP desde 1974 - António Vasco de Mello, Pedro Ferraz da Costa, José Manuel Morais Cabral, (Nogueira Simões, que já faleceu), Francisco van Zeller e António Saraiva, vão conversar em palco sob a moderação do atual presidente.
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