A Kering chegou a acordo com a L'Oreal para a venda da sua unidade de beleza por quatro mil milhões de euros, anunciaram ambas as empresas na noite de domingo.

O acordo prevê que a L'Oreal compre a Creed, linha de perfumes da Kering, bem como os direitos para desenvolver fragrâncias e produtos de beleza sob as marcas da Kering, como a Gucci, Bottega Veneta e Balenciaga por 50 anos. A licença para perfumes usando a insígnia da Gucci pertence atualmente à Coty e, segundo creem os analistas, termina em 2028.

Esta é a primeira grande operação do gigante do luxo desde que Luca de Meo, antigo CEO da Renault, assumiu a liderança, em setembro. A Kering indica que o negócio visa acelerar o crescimento.

A Kering lançou a sua unidade de beleza em 2023, ano em que adquiriu a marca de perfumes de luxo Creed por um valor estimado de 3,5 mil milhões de euros.

A operação surge numa altura em que a Kering enfrenta uma quebra na procura no mercado chinês e, simultaneamente, a ameaça de tarifas mais elevadas nos EUA. Acresce que o gigante do luxo tem uma elevada dívida.

Luca de Meo sucede a François-Henri Pinault como CEO e deverá apresentar na próxima primavera o seu plano estratégico. A família Pinault é a maior acionista da Kering com uma participação de 42% do capital e 59% dos direitos de voto.