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Faturação da Securitas sobe em 2025 para quase 145 milhões

No ano passado o volume de negócios tinha atingido 136 milhões de euros.

A Securitas participou na edição 2025 da WebSummit.
A Securitas participou na edição 2025 da WebSummit. Mariline Alves
10:20

O presidente executivo (CEO) da Securitas Portugal afirma que a empresa de segurança deverá registar uma faturação perto dos 145 milhões de euros este ano, mais de 5% acima do valor de 2024.

Em 2024, a Securitas Portugal, que participou na edição deste ano da Web Summit para dar a conhecer o seu mais recente acordo de cooperação com a 'spin-off' tecnológica portuguesa Procimo, registou uma faturação de 136 milhões de euros.

"Este ano vamos passar os 140 milhões, estaremos ali perto dos 145 milhões", diz Frederico Paiva em entrevista à Lusa, sublinhando que metade da atividade no mercado português é na tecnologia.

A Securitas Portugal "tem vindo a aumentar o peso do negócio na parte de tecnologia", que "é tudo o que ou complementa essa atividade ou tem só uma componente puramente tecnológica, sem intervenção humana", avança.

"E isso já representa mais de 50% do nosso negócio e três quartos (75%) dos nossos resultados em Portugal", sublinha o CEO.

Toda a componente de avaliação e análise de risco "tem um sistema e uma plataforma proprietária, insistimos muito na formação de todas as nossas equipas nessa abordagem, quer as equipas que têm o primeiro contacto com o cliente, quer as equipas que vão desenhar a solução de tecnologia a implementar nesse cliente", explica o gestor sobre a área tecnológica.

Depois, a partir da ferramenta de análise e definição de risco desenvolve-se a solução de segurança para o cliente, que pode não ser a mesma solução para diferentes locais, diz.

"Temos inteligência artificial [IA] e IoT [Internet das Coisas, em que os dispositivos estão ligados]", tecnologia que permite fazer o despiste, análise e triagem.

Quando existe um incidente, "temos equipas pelo país, somos a empresa que tem o maior contingente de viaturas e de equipas no terreno e, por isso, somos também quem mais rápido consegue acudir ao local quando acontece realmente alguma coisa", assevera o CEO.

A empresa está a fazer investimento em várias áreas e beneficia também do investimento do grupo: "Portugal está a servir na região ibero-americana, portanto, aí falamos de um investimento superior a 50 milhões de euros", adianta.

Depois "fazemos investimentos locais, na melhoria dos nossos sistemas de controlo, da central de segurança", ou seja, em tecnologias de informação (IT), pelo que "diria que vamos investir no próximo ano à volta dos três, quatro milhões de euros", só nesta componente.

"Fomos a primeira empresa em Portugal, e não sei se ainda a única, a ter um relatório de sustentabilidade no setor da segurança privada e isso é algo de que nos orgulhamos bastante", o que advém da matriz do grupo, "somos uma empresa nórdica, sueca", onde os valores do ambiente e da qualidade são "muito intrínsecos", disse.

A Securitas Portugal é essencialmente uma empresa dirigida ao setor empresarial (B2B) ou 'corporate'.

"Temos menor presença no segmento residencial", admite.

Depois, o lado empresarial "é claramente mais privado do que público", porque este último "tem vindo a tomar um caminho muito limitado do ponto de vista das soluções em que está a ser adjudicado", refere Frederico Paiva.

O gestor explica que o sistema de contratação pública "não contempla a dimensão tecnológica", o que considera uma "grande limitação e uma pena". Isto porque a evolução tecnológica permite dotar de maiores valências as soluções de segurança, defende.

"A valência humana não desaparece, mas deve ser trabalhada muitas vezes, ou em grande maioria das suas vezes, em complemento com a tecnologia e isso, às vezes, não é possível naquilo que é a contratação pública", explica.

Manifestando "muito orgulho" nos seus profissionais e vigilantes, o CEO salienta que a Securitas Portugal tem cerca de 3.500 vigilantes, sendo que só na aviação são 1.000 profissionais.

A tecnologia "não vem de todo a ensombrar ou a alterar aquilo que é esse valor desses profissionais, vem sim dotá-los de outras ferramentas", defende.

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