Frango, papel e telhas: a investigação universitária tem limites?
Os vencedores do programa Galp 20-20-20 andaram em fábricas, mergulharam em documentação e puxaram pela cabeça para encontrar soluções que baixassem a factura energética das empresas que conheceram. O resultado acaba de ser premiado.
As necessidades energéticas da empresa incluem GPL, gasóleo, biodiesel, fuelóleo, vapor e electricidade, sendo esta última a que mais pesa na factura da Avibom. E quando a factura energética das empresas é elevada - na bracarense Navarra a factura é de 1,1 milhões de euros por ano e na ValpiBus os combustíveis são 35% dos custos da empresa, como notaram os bolseiros da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) - qualquer solução de eficiência, ponderado o investimento e respectivo período de retorno, já será uma ajuda relevante. O CEO da Galp considera que é melhor ajudar os clientes a comprar menos do que apenas procurar vender mais, porque se os custos dessas empresas não baixarem é a sua viabilidade que pode ficar em risco. Para distinguir as investigações, a Galp Energia distribuiu três prémios monetários por cada uma das universidades envolvidas (a Universidade de Aveiro, o IST e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). O primeiro prémio vale 6 mil euros, o segundo 3 mil euros e o terceiro mil euros. Dos nove premiados, dois, formados na Universidade de Aveiro, não marcaram presença. Um problema de assiduidade? Não. Ambos estão já a trabalhar… fora de Portugal. Marco Passarelli encontrou trabalho em Inglaterra, na empresa Design Builder. Milton Grácio trabalha em Bruxelas para a Toyota.O que terão em comum as fábricas da Avibom, da Renova e da Margon? À partida, nada ligaria o processamento de frangos, a produção de papel higiénico e o fabrico de telhas, mas qualquer uma destas indústrias tem na factura energética uma parte importante da sua estrutura de custos.Em comum, as três empresas têm o facto de nos últimos meses terem albergado bolseiros seleccionados pelo programa Galp 20-20-20, iniciativa através da qual a Galp tem proporcionado a dezenas de estudantes universitários a oportunidade de desenvolverem projectos de eficiência energética aplicados à economia real.Samuel Jacinto, do Instituto Superior Técnico (IST), foi um dos vencedores dos prémios deste ano da Galp, arrecadando 6 mil euros pelo seu projecto de optimização de um sistema de frio na Avibom. Esta empresa do sector agro-alimentar tem um dos maiores centros de abate de aves e respectivo processamento.
E quando a factura energética das empresas é elevada - na bracarense Navarra a factura é de 1,1 milhões de euros por ano e na ValpiBus os combustíveis são 35% dos custos da empresa, como notaram os bolseiros da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) - qualquer solução de eficiência, ponderado o investimento e respectivo período de retorno, já será uma ajuda relevante.
O CEO da Galp considera que é melhor ajudar os clientes a comprar menos do que apenas procurar vender mais, porque se os custos dessas empresas não baixarem é a sua viabilidade que pode ficar em risco.
Para distinguir as investigações, a Galp Energia distribuiu três prémios monetários por cada uma das universidades envolvidas (a Universidade de Aveiro, o IST e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). O primeiro prémio vale 6 mil euros, o segundo 3 mil euros e o terceiro mil euros.
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