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JP Morgan revê em baixa estimativas para resultados da PT

A JP Morgan reviu em baixa as previsões para os resultados deste ano da Portugal Telecom após «reuniões com a administração» da empresa. A casa de investimento atribui um alvo de 8,30 euros e a recomendação de «neutral» para os títulos da operadora.

27 de Outubro de 2005 às 12:57

A JP Morgan reviu em baixa as previsões para os resultados deste ano da Portugal Telecom após «reuniões com a administração» da empresa. A casa de investimento atribui um alvo de 8,30 euros e a recomendação de «neutral» para os títulos da operadora.

«Reduzimos as nossas estimativas no seguimento de reuniões com a administração da PT e depois de análise aprofundada da tendência do primeiro semestre», refere a análise com data de hoje do banco norte-americano.

A JP Morgan atribui agora um preço alvo de 8,30 euros, contra os anteriores 8,70 euros, aos títulos da maior operadora nacional e tem uma recomendação de «neutral» que manteve inalterada.

O analista David Wright diz que a PT tem catalisadores de médio prazo, como a recuperação do PIB português e a redução de custos na Vivo, mas considera que ainda não são suficientemente claros para que se possa antecipar uma inversão da tendência dos resultados.

Por isso reviu em baixa de 9,4% para os 466 milhões de euros a previsão para os lucros deste ano da empresa liderada por Miguel Horta e Costa.

A casa de investimento lista os principais riscos para a evolução da Portugal Telecom começando por apontar o crescimento dos riscos macroeconómicos derivados da exposição às operações móveis na América Latina.

Além disso, a área das telecomunicações móveis em Portugal está a ser prejudicada pelo abrandamento do crescimento do produto interno bruto ao mesmo tempo que a Vodafone tem aumentado os esforços concorrenciais.

«Estes dois factores podem contribuir para uma redução dos resultados face ao previsto actualmente», diz o «research» acrescentando que se nenhum destes factores se mantiver as previsões já poderão ser consideradas «demasiado prudentes».

As responsabilidades com pensões e o risco de taxa de desconto, actualmente nos 5,5%, diminuir é outro dos factores de risco considerados.

Lucros do terceiro trimestre devem descer 61%

Os resultados líquidos da PT devem cair 61%, no terceiro trimestre deste ano face ao período homólogo, para 60 milhões de euros, prevê o JP Morgan.

David Wright antecipa «fracos» resultados para os resultados que vão ser conhecidos no próximo dia 2 de Novembro dizendo que devem ser prejudicados pelo ambiente competitivo que tem afectado as operações domésticas.

A TMN deve ver os resultados caírem 15% para os 175 milhões de euros enquanto os da Vivo deverão aumentar 15% para os 140 milhões de euros. O EBITDA deverá diminuir 1,7% para os 593 milhões de euros.

As acções da PT seguiam a cair 1,06% para os 7,47 euros. Os resultados serão apresentados a 2 de Novembro.

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