De acordo com o comunicado enviado pela EDP ao regulador do mercado, a CMVM, desde o início da oferta e até ao final do dia de hoje foram solicitadas 3.703.257.220 acções da EDP Renováveis, 82,14 vezes mais do que as 45.085.590 acções disponíveis e que representam 5% do capital da nova cotada. Até ao final da primeira fase, segunda-feira, a procura já superava em mais de 74 vezes a oferta e até ontem superava em 79,14 vezes.

Estes números têm em conta a oferta de 45.085.590 acções, mas o CFO da EDP, Nuno Alves, admitiu ao Jornal de Negócios que a oferta para os pequenos investidores pode ser aumentada até um máximo de 58,6 milhões de acções.

Na segunda fase da operação, período que já não beneficia do coeficiente de rateio de 100% dos primeiros seis dias, a EDP recebeu ordens para 339 milhões de acções da EDP Renováveis.

Nos dados divulgados pela EDP não são, mais uma vez, descriminados para que segmentos estão a ser canalizadas as ordens, pelo que, desta forma, não é possível saber com exactidão quantas acções vão receber os investidores, isto porque os accionistas e trabalhadores da EDP têm preferência no rateio.

Excluindo este pressuposto, de acordo com os cálculos do Jornal de Negócios, a uma ordem máxima de 30 mil acções (o limite definido para o público em geral), na segunda fase, serão atribuídas 190 acções.

Para quem deu ordem de compra ainda durante a primeira fase da operação, serão atribuídos, no máximo, 380 títulos ao pedido de 30.000 acções da EDP Renováveis, um número que peca por excesso para as ordens transmitidas no segmento do público em geral.

Os resultados finais da operação (acções a atribuir e preço das mesmas) só serão conhecidos no dia 2 de Junho, em sessão especial de bolsa, sendo que as acções da EDP Renováveis deverão estrear-se, no mercado de capitais, a 4 de Junho.