Salários milionários entre a ética e o mercado
Os salários milionários dos gestores geram vagas de indignação sazonal, sobretudo quando as crises expõem debilidades na formação de remunerações. A regulação tem avançado com pezinhos de lã, entre apelos à ética e e à responsabilidade social.
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Há cerca de um mês, em França, a remuneração estratosférica do português Carlos Tavares, presidente da Peugeot Citroën, provocou um movimento de consternação nacional - da comunicação social aos sindicatos passando pelas altas esferas do Governo, houve censuras à "ganância" do gestor e apelos à sua ética para que renunciasse ao salário. Em Portugal, António Mexia provoca ondas de indignação sazonal, de cada vez que é divulgada a sua remuneração na EDP. Em Londres, assacado pelo pudor ou por recear o escândalo, Stuart Gulliver, presidente do HSBC, recebeu durante anos dinheiro às escondidas via Panamá para - garantiu-o quando foi descoberto - não impressionar os colegas da instituição.
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