A Comissão Europeia deu o seu aval à fusão da Mannesmann com a Vodafone Airtouch. Apesar de ter dado seguimento a esta operação avaliada em 182,86 mil milhões de euros (36,66 milhões de contos), a entidade reguladora obrigou a Vodafone a alienar a posição na operadora de comunicações móveis do Reino Unido, a Orange.

Uma outra concessão que a Vodafone teve de fazer para garantir o sucesso desta operação, foi a disponibilização para aluguer da sua rede aos concorrentes. O intuito desta cláusula é evitar a constituição de um monopólio no sector das telecomunicações nos mercados belga e britânico, sendo um facto de que a Vodafone ocupa o lugar cimeiro das empresas de telecomunicações, com uma quota do mercado mundial na ordem dos 10%. Recorde-se que o mercado mundial de comunicações móveis é constituido por cerca de 400 milhões de consumidores.

A aprovação da aquisição da Mannesmann deixa agora caminho aberto à compra da Airtel ao Banco Santander Central Hispano (BSCH). Tal como havia sido noticiado, a Vodafone deixara esta operação pendente, para que não colocasse entraves à aquisição prioritária da Mannesmann.

Os candidatos para a aquisição da Orange perfilam-se, com duas operadoras a destacaram-se, nomeadamente, a Telefónica e a France Telecom.

A Mannesmann transaccionava, às 10h30, nos 295 euros (59.142 escudos), a perder 3,28%. Quanto à Vodafone, transaccionava nos 5,13 euros (1.028 escudos), a desvalorizar 1,12%.