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Petrobras tem prejuízo de 6.690 milhões de euros em 2014

A Petrobras registou um prejuízo de 21.600 milhões de reais (6.690 milhões de euros) em 2014, com perdas de 6.100 milhões de reais (1.890 milhões de euros) devido à corrupção, divulgou quarta-feira à noite a petrolífera brasileira.

Bloomberg
23 de Abril de 2015 às 01:11

As denúncias de desvio de dinheiro, pagamento de luvas e branqueamento de capitais foram detectadas no decorrer da Operação Lava Jato, da Polícia Federal e do Ministério Público, desde Março de 2014.

O balanço relativo ao ano passado foi divulgado esta quarta-feira pela petrolífera, já atrasado, mas com a contabilização das perdas por corrupção e com a auditoria da PricewaterhouseCoopers.

Além da corrupção, a Petrobras também contabilizou perdas de 44.600 milhões de reais (13.185 milhões de euros) devido à reavaliação dos activos, o chamado "impairment".

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine (na foto), afirmou, em conferência de imprensa, que a estimativa das perdas foi calculada com base nas informações da Polícia Federal e do Ministério Público e que foram descontados do activo da petrolífera os montantes pagos indevidamente a empresas que faziam parte do esquema de corrupção.  "A partir daqui, a Petrobras volta a garantir o relacionamento com seus accionistas e investidores no Brasil e no exterior", afirmou Bendini.

A receita de vendas da petroleira em 2014 foi de 337 mil milhões de reais (104,38 mil milhões de euros) e o EBITDA (lucro antes de juros e impostos) de 59 mil milhões de reais (18,3 mil milhões de euros). A produção de petróleo no ano passado cresceu 5,3%, abaixo da meta inicial de 7,5%.

O presidente da empresa realçou a criação de uma directoria de Governança, Risco e Conformidade para combater desvios na empresa e afirmou que o próximo desafio é a equalização do caixa e a retoma da capacidade de geração de valor para o accionista e para a sociedade brasileira.

Ainda de acordo com Bendini, a companhia irá agora terminar o seu planeamento estratégico para 2015 e divulgar o novo plano de negócios, assim que ele for aprovado.

Entretanto, o Tribunal Federal de Curitiba, no sul do Brasil, condenou na quarta-feira oito acusados de branqueamento de capitais e associação criminosa, por desvios de dinheiro na petrolífera Petrobras, a penas que variam entre quatro anos e cinco meses e onze anos e seis meses.

A condenação atingiu executivos de empresas, um ex-funcionário da Petrobras e vários operadores de acções ilegais com dólares, e foi proferida pelo juiz Sergio Moro, que tem julgado as acções derivadas da "Operação Lava Jato", executada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público para investigar crimes naquela empresa petrolífera. 

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