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EDP perdeu 68 mil clientes de eletricidade em Portugal no primeiro trimestre

A empresa liderada por Miguel Stilwell elevou a produção de eletricidade em 5% face aos três primeiros meses de 2024, tendo as energias renováveis pesado 91% dos 18,3 TWh produzidos no primeiro trimestre.

Stilwell entrevista
Stilwell entrevista Miguel Baltazar
21 de Abril de 2025 às 18:36

A EDP continua a perder clientes no mercado ibérico de eletricidade e terminou o primeiro trimestre deste ano com menos 70 mil clientes do que a 31 de dezembro de 2024, indicou esta segunda-feira a elétrica em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em Portugal a elétrica liderada por Miguel Stilwell perdeu 68 mil clientes, dos quais 47 mil no mercado liberalizado e 21 mil no regulado. Em Espanha, a EDP fechou o trimestre com menos dois mil clientes. Em termos homólogos, a empresa regista uma quebra de 296 mil clientes em Portugal (-6%), dos quais 230 mil no mercado liberalizado e os restantes 66 mil no regulado. No país vizinho, a elétrica tem agora menos três mil clientes do que no final de março de 2024, o que representa uma descida de 15%. Ainda assim, a empresa destaca que a perda de clientes no mercado liberalizado em Portugal abrandou face aos -71 mil registados nos primeiros três meses de 2024, o que, diz, "reflete as ofertas comerciais competitivas da EDP aliadas à crescente penetração de serviços diferenciados e à manutenção de elevados níveis de serviço aos clientes".

No que toca à produção de eletricidade, esta aumentou 5% no primeiro trimestre deste ano, para 18,3 TWh, com as energias renováveis a representarem 91% da produção total.

A empresa sublinha que "a produção hídrica no mercado ibérico atingiu 4,2 TWh no 1T25, ficando 0,5 TWh acima do esperado. O trimestre foi marcado por fortes recursos hídricos, 42% acima da média histórica no 1T25 vs. 38% no 1T24". "A produção hídrica a partir de bombagem aumentou 5% face ao período homólogo, atingindo 0,6 TWh no 1T25, impulsionada pela volatilidade dos preços horários no mercado de eletricidade", acrescenta.

A EDP destaca ainda que "os preços médios de eletricidade no mercado Ibérico quase duplicaram", passando dos 45€/MWh no primeiro trimestre do ano passado para os 85€/MWh nos primeiros três meses deste ano.

Produção da EDP Renováveis cresce 10% no primeiro trimestre

A EDP Renováveis (EDPR) aumentou a produção de energia em 10% no primeiro trimestre deste ano, para 10,9 TWh, o que a empresa considera que demonstra "um sólido desempenho operacional", indicou esta segunda-feira a empresa liderada por Miguel Stilwell em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este crescimento, refere a EDPR, foi impulsionado quer pela maior capacidade instalada, quer pelos recursos renováveis "acima da média de longo prazo".

A Europa representou 29% da energia produzida, enquanto a América do Norte pesou 59%. "No seguimento do aumento da capacidade de solar nos últimos 12 meses, a produção de energia com recurso a esta tecnologia aumentou mais de 2,5x em termos homólogos, representando 16% da produção total da EDPR. A produção eólica continua a ser a principal fonte de produção da EDPR, contribuindo com 82% da geração total", detalha a empresa.

A empresa assinala que nos últimos 12 meses "as adições de capacidade brutas foram de 3,4 GW, com uma contribuição significativa da Europa e da América do Norte (83%), dos quais 72% de capacidade solar". 

Para este ano, as transações de rotação de ativos serão "maioritariamente" concentradas no segundo semestre, refere a EDPR, indicando ainda que nos primeiros três meses do ano "assinou duas transações de rotação de ativos, em Espanha e nos EUA, com fecho previsto para antes do verão".

A capacidade em construção cifrava-se em 2,4 GW no final de março, o que corresponde a mais 0,4 GW face ao final de 2024. Destes 2,4 GW, 1 GW são de solar, principalmente nos EUA, 0,7 GW de eólico onshore, concentrado na Europa, 0,3 GW de baterias, novamente com o foco nos EUA, e 0,3 GW em eólico offshore, correspondente aos projetos da "joint-venture" Ocean Winds em França.

"O índice de produção renovável do portefólio EDPR, que reflete os desvios dos recursos renováveis vs. o Fator de Capacidade Bruta (GCF) médio de longo prazo, situou-se em 101% no 1T25 (vs. 98% no 1T24), com os recursos renováveis na América do Norte de 7% acima da média de longo prazo, enquanto que na América do Sul continuaram abaixo da média de longo prazo, apesar da recuperação vs. 2024. Na Europa, os recursos renováveis registaram valores abaixo da média de longo prazo, com fevereiro a ser um mês de reduzidos recursos eólicos", acrescenta.

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