Comercialização de escritórios em Lisboa caiu para metade
A actividade de comercialização de escritórios na região de Lisboa caiu para metade nos primeiros cinco meses do ano. Dados do índice LPI divulgados pela consultora Aguirre Newman indicam que até Maio foram contratados 30.592 metros quadrados na capital, menos 47,6% que o espaço contratado no mesmo período do ano passado.
A actividade de comercialização de escritórios na região de Lisboa caiu para metade nos primeiros cinco meses do ano. Dados do índice LPI divulgados pela consultora Aguirre Newman indicam que até Maio foram contratados 30.592 metros quadrados na capital, menos 47,6% que o espaço contratado no mesmo período do ano passado.
Só no mês de Maio a área contratada teve uma queda de 73% face a Maio de 2008, acentuando as reduções que se vinham sentindo desde Fevereiro nas transacções de espaço de escritórios no mercado imobiliário lisboeta.
No período de Janeiro a Maio houve menos 36 operações do que no ano passado, em que se registaram 131 negócios, de acordo com a Aguirre Newman. Além disso, a área média por transacção desceu de 446 metros quadrados para 322 metros quadrados, num sinal de como as empresas estão a reduzir os seus espaços de trabalho.
O Corredor Oeste, que é a área junto à auto-estrada que liga Lisboa a Cascais, foi a zona com maior número de operações. Esta é historicamente uma área com taxas de disponibilidade mais elevadas e, consequentemente, com rendas mais baixas, face à oferta de escritórios no centro de Lisboa.
Também com base nos dados LPI, a consultora imobiliária Worx citou várias razões para o decréscimo registado até Maio. A Worx perspectiva “um ano de 2009 com reduzida actividade”.
Pedro Salema Garção, responsável do departamento de agência da Worx, afirmou, numa nota de análise, que “a renegociação das rendas, a dificuldade de capital inicial para obras de adaptação, a incerteza na estratégia e desenvolvimento da empresa, a tendência das mais variadas entidades para renegociar por mais um ano/um ano e meio o espaço onde estão actualmente, os custos elevados associados a uma mudança de espaço e a dificuldade de crédito no caso da compra de escritórios são alguns dos principais motivos que têm diminuído a actividade neste sector”.
“Refira-se ainda que as empresas internacionais estão mais dependentes das “casas-mãe” que, neste momento, também estão mais reticentes em relação à procura ou mudança de instalações. Paralelamente, os proprietários, principalmente os fundos de investimento imobiliário, têm vindo a salvaguardar as suas posições e estão mais exigentes no que diz respeito às garantias bancárias, procurando contratos com o menor risco e a maior duração possível”, concluiu o responsável da Worx.
Mais lidas