Bruxelas impede fusão para criar segundo maior fabricante de aço europeu
A Comissão Europeia oficializou esta terça-feira o chumbo à operação de fusão entre as unidades europeias de fabrico de aço da alemã Thyssenkrupp e da indiana Tata Steel.
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As duas empresas já tinham desistido do negócio que daria origem ao segundo maior fabricante de aço europeu, devido aos obstáculos colocados por Bruxelas, que exigia remédios que a Thyssenkrupp e a Tata Steel classificaram de "incomportáveis".
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"A fusão iria reduzir a concorrência e aumentar os preços para diferentes tipos de aço", explica um comunicado da Comissão Europeia, acrescentando que as duas empresas "não ofereceram os remédios adequados para resolver estas preocupações.
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Margrethe Vestager, comissária europeias com a pasta da concorrência, explicou que "o aço é um produto crucial para muitas coisas que usamos no dia a dia, como embalagens e carros". Além disso, "milhões de pessoas trabalham nestes setores e as empresas dependem de preços competitivos do aço para vender os seus produtos a nível global".
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Dado que a Thyssenkrupp e a Tata Steel não se mostraram disponíveis para tomar medidas que contrariem a expectativa de subida de preços do aço com a fusão, a Comissão Europeia "proibiu a operação para evitar um alarme sério nos clientes industriais e consumidores", acrescentou Vestager.
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Com esta decisão, a candidata a presidente da Comissão Europeia chumba a sexta operação de concentração do seu mandato.
A fusão tinha como objetivo captar sinergias anuais entre 400 e 600 milhões de euros e pressupunha o corte de 4 mil empregos. Os ativos da Thyssenkrupp estão sobretudo na Alemanha, enquanto a Tata tem fábricas na Holanda e no Reino Unido.
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Com o fim do negócio, a Thyssenkrupp terá de desistir de separar-se em duas companhias distintas e a Tata deverá optar por alienar os ativos na Europa a uma empresa do setor com presença diminuta neste negócio de fabrico de aço.
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