Lucros da Sonae disparam para 102 milhões pela Sierra acima até junho
Na primeira metade deste ano, o grupo liderado por Cláudia Azevedo viu o seu EBITDA aumentar 28,1% para 525 milhões de euros e as vendas atingirem o valor recorde de 5,3 mil milhões de euros, mais 23,1% do que há um ano.
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A Sonae obteve um resultado líquido atribuível aos acionistas de 102 milhões de euros nos primeiro seis meses deste ano, mais 40,9% do que o obtido em igual período do ano passado, revela o grupo nortenho, esta quarta-feira, 30 de julho, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Um resultado que se fixou no primeiro trimestre em 59 milhões, “um aumento de 23% em termos homólogos impulsionado pela melhoria do desempenho operacional das empresas do portefólio e por um resultado indireto favorável, principalmente relacionado com a valorização dos centros comerciais da Sierra”, explica o grupo liderado por Cláudia Azevedo.
Já o EBITDA (resultado antes de juro, impostos, depreciações e amortizações) consolidado cresceu 28,1% para 525 milhões de euros, “impulsionado pelo desempenho positivo dos negócios integralmente consolidados e por 33 milhões de euros em resultados pelo método de equivalência patrimonial”, tendo o volume de negócios registado um crescimento homólogo de 23,1% para o valor recorde de 5,3 mil milhões de euros.
Em síntese, “a Sonae apresentou, mais uma vez, fortes resultados” neste período, conclui Cláudia Azevedo, na mensagem que acompanha a apresentação de contas do grupo.
“Os nossos negócios continuaram a crescer e a superar os seus mercados, mantendo o foco em servir os nossos clientes com as propostas de valor mais atrativas”, afiança a empresária, destacando, à cabeça, o desempenho da divisão alimentar da MC (dona do Continente), que “registou um crescimento de vendas Lfl de 10,5% no trimestre – suportado pelo período da Páscoa – e continuou a melhorar a sua rentabilidade”.
Em termos globais, integrando o retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar, a faturação da MC cresceu 25% para 4,1 mil milhões de euros, com a margem EBITDA subjacente a melhorar 0,6 pontos percentuais para 10% no segundo trimestre do ano.
No retalho de eletrónica, “marketplace” e serviços, as vendas da Worten cresceram 7% para 636 milhões de euros no semestre, enquanto a Musti, o braço nórdico da Sonae no retalho de produtos e cuidados para animais de estimação, viu as vendas aumentarem 17% no segundo trimestre para 122 milhões de euros.
Forte desempenho teve o setor imobiliário do grupo controlado pela família Azevedo, com a Sierra a obter um aumento 6% do resultado líquido de 33 milhões de euros no segundo trimestre, “suportado pelo desempenho operacional positivo e, ao nível do resultado indireto, pelo aumento da valorização dos centros comerciais, levando o NAV a atingir 1,1 mil milhões de euros”.
No negócio das telecomunicações, a faturação cresceu para 458 milhões de euros no segundo trimestre, tendo nas contas consolidadas da Sonae os seus resultados pelo método de equivalência patrimonial ascendido a 20,3 milhões no mesmo período.
“Num ambiente mais competitivo, a Nos apresentou um desempenho resiliente ao nível da quota de mercado e resultados operacionais sólidos, com destaque para o crescimento significativo no segmento empresarial e para a melhoria da rentabilidade, suportada por contributos positivos de todas as áreas de negócio”, realça Cláudia Azevedo.
“Olhando para o futuro, mantemos a confiança na nossa capacidade para consolidar este forte dinamismo. As bases estão solidamente lançadas – com uma execução operacional consistente, uma alocação disciplinada de capital e uma visão clara para as sinergias ao nível do grupo”, conclui a CEO da Sonae, que investiu 864 milhões de euros nos últimos 12 meses.
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