XtremeJet - Emoções a alta velocidade
Este engenheiro civil, de 50 anos, explica porque é que, em 2008, resolveu apostar neste negócio. "Pertenço à geração dos que não se conformam por ver Portugal sem tirar partido do fabuloso país que temos". Assim, resolveu transpor para o mercado europeu o conceito de negócio conhecido por Jet Boating, de origem e com sucesso na Nova Zelândia, desde 1953.
Diferente dos demais desportos radicais, que são praticados geralmente por desportistas, "as vivências no Turismo Aventura incluem actividades para o entretenimento de leigos conduzidos por profissionais especializados". Actualmente, a XtremeJet opera no Rio Douro, entre as margens de Vila Nova de Gaia e do Porto, mas o conceito é para espalhar pelo país.
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Emoções à flor da pele
"Spins", "fish tails", "slides" e mais algumas manobras - que têm como objectivo oferecer ao cérebro dos participantes um "cocktail" de oxigénio, açúcar, adrenalina, cortisona e endorfinas -, são, mais do que a mera velocidade, as razões que tornam esta oferta diferente em Portugal. O que a a XtremeJet faz é levar 11 pessoas num passeio a bordo de uma embarcação (ver caixa) que porporciona "programas de intensidade emocional variável de I a V", isto é, de alguma emoção à euforia total.
O conceito assenta "na manobrabilidade da embarcação e nas incríveis imagens que proporciona, alterando em poucos minutos o estado emocional dos participantes", explica o promotor. O "jet boat" é o Ferrari das águas, até no preço: 150 mil euros é o valor de um "jet boat" para12 pessoas.
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A oferta da XtremeJet está orientada para "todos quantos gostam de aventura e emoções, para poderem disfrutá-las em segurança a bordo de uma embarcação ‘state of the art’ e conduzidos por pilotos profissionais". Com base estabelecida no Porto, a empresa está a expandir o conceito para novos locais. No próximo ano, será a Albufeira da Caniçada-Gerês, e, dos planos fazem parte, também, Lisboa, Aveiro, Coimbra e Portimão.
"Portugal, país muito difícil para inovar!"
Profissionalmente, Amadeu Peixe foi promotor de outros projectos, alguns relacionados com o turismo. Quando conheceu estes barcos teve poucas dúvidas de que poderiam funcionar em Portugal, país em que, sublinha, "o conceito de turismo de aventura é inovador".
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Antes de se lançar nestas águas analisou a viabilidade do negócio e agora, que acumula a teoria com a experiência prática, vai passar palavra aos franchisados. "A actividade é muito interessante e lucrativa, porém , está repleta de pequenas barreiras que conseguimos já superar. Vamos colocar este ‘knowhow’ao dispôr dos nossos franchisados".
O promotor sublinha que "Portugal é um país muito difícil para inovar". Embora em termos de financiamento não se queixe porque "para um bom projecto, não foi difícil de obter" - Amadeu Peixe conseguiu reunir investidores e ter o apoio da Inovcapital -, já os licenciamentos, foram "um verdadeiro calvário."
Agora, que desbravou caminho, adfirma que já é possível avançar "reduzindo muito significativamente o risco da actividade". Graças ao "franchising", em 2011 Amadeu Peixe espera duplicar a facturação. Para o ano, serão criadas quatro novas unidades de negócio e o promotor vai apostar na presença em feiras internacionais de "franchising" e turismo. Partir a grande velocidade para explorar as oportunidades do mercado europeu é um dos objectivos que Amadeu Peixe traçou.
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