Bruxelas responde aos EUA: todas as empresas têm de pagar impostos
Os Estados Unidos ameaçaram retaliar. Mas Bruxelas não se deixou intimidar e lembrou as autoridades norte-americanas que todas as empresas que gerem lucros na Europa, independentemente da sua nacionalidade ou tamanho, têm de pagar impostos de acordo com as regras de cada Estado.
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"De acordo com as regras aplicáveis aos auxílios estatais na UE, os tesouros nacionais não podem oferecer benefícios fiscais a certas empresas que não estão disponíveis para o resto", afirmou um porta-voz europeu citado pelo El País.
Esta é a resposta de Bruxelas à ameaça das autoridades dos Estados Unidos, que admitiram retaliar se a Comissão Europeia avançar com o seu plano de exigir milhares de milhões de dólares em impostos que multinacionais como a Apple alegadamente não pagaram na Europa. Esta quarta-feira, os Estados Unidos alertaram que as investigações de Bruxelas à alegada evasão fiscal por parte de grandes empresas do país, incluindo a Apple, Amazon e Starbucks poderão criar "um precedente lamentável de política fiscal internacional".
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Isto porque a União Europeia tem estado a investigar se os acordos entre a Apple e a Irlanda, que permitiram à empresa de Tim Cook pagar muito poucos impostos sobre os rendimentos auferidos na Europa, constituem "auxílio estatal". Se esta suspeita se confirmar, as consequências não deixam lugar a dúvidas: "O Estado-membro em questão deve recuperar os benefícios injustamente outorgados", afirma o porta-voz da Comissão.
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Sobre estas investigações, os Estados Unidos, pela voz do secretário do Tesouro Jack Lew, disseram que Bruxelas está a exceder os seus poderes, tornando-se numa "autoridade tributária supranacional". Nesse sentido, se a Comissão Europeia insistir em exigir à Apple cerca de 19 mil milhões de dólares (cerca de 16,8 mil milhões de euros) – impostos que a empresa terá deixado de pagar por ter usufruído de benefícios fiscais acordados com o governo irlandês –, o Tesouro norte-americano "vai considerar potenciais retaliações".
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Nesse sentido, se a Comissão Europeia insistir em exigir à Apple cerca de 19 mil milhões de dólares (cerca de 16,8 mil milhões de euros) – impostos que a empresa terá deixado de pagar por ter usufruído de benefícios fiscais acordados com o governo irlandês –, o Tesouro norte-americano "vai considerar potenciais retaliações".
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