Lucros da Alphabet abaixo das previsões
A Alphabet – que substituiu a Google em bolsa e que a detém a 100% – reportou esta quinta-feira à noite os resultados do seu quarto trimestre fiscal, tendo os lucros ficado aquém das estimativas do consenso de mercado.
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A contribuir para este desempenho inferior ao esperado estiveram vários factores, como um aumento dos pagamentos aos parceiros de buscas na web, maiores despesas de marketing e problemas no YouTube que pesaram no negócio publicitário durante a época natalícia, informou a empresa liderada por Larry Page.
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A tecnológica referiu ainda que a provisão para impostos relacionada com a nova reforma fiscal da Administração Trump, aprovada em Dezembro, também pesou nos lucros.
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Este aprovisionamento, no valor de 9,9 mil milhões de dólares [a título dos impostos que a empresa terá de pagar para repatriar capitais que tem fora dos EUA], resultou num prejuízo de 3,02 mil milhões de dólares (ou 4,35 dólares por acção) para a Alphabet entre Outubro e Dezembro.
Excluindo este custo extra, a empresa registou lucros de 9,70 dólares por acção – ficando abaxo da projecção média dos analistas inquiridos pela Bloomberg, que apontavam para 10,04 dólares.
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Os custos de aquisição de tráfego, pagamentos a fabricantes de telemóveis e browsers da web aumentaram em 6,45 mil milhões de dólares,ou 24% da receita total da Google com a publicidade. A Google atribui este aumento das despesas ao crescente número de anúncios que gere no YouTube, telemóveis e sistemas automatizados, que requerem que partilhe mais dinheiro com os seus parceiros.
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As receitas da Alphabet subiram para 25,9 mil milhões de dólares, já excluindo os custos de aquisição de tráfego. O consenso dos analistas auscultados pela Bloomberg era de 25,6 mil milhões.
O mercado não gostou destes números. Na negociação fora do horário regular em Wall Street, os títulos da tecnológica seguem a cair 2,42%, para 1.153 dólares, isto depois de terem encerrado a sessão formal desta quinta-feira a recuar 0,05% para 1.181,59 dólares.
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