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Apple olha para a Índia para contornar tarifas de Trump

A empresa liderada por Tim Cook continua a querer uma exceção às tarifas junto de Donald Trump, mas, até lá, pretende contornar as taxas alfandegárias através da Índia.

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07 de Abril de 2025 às 20:48

A guerra comercial desencadeada por Donald Trump está a fazer com que a Apple reveja as suas cadeias de produção. A gigante tecnológica quer contornar as tarifas norte-americanas à economia chinesa e, para isso, vira-se agora para a Índia, planeando aumentar o número de iPhones exportados do país para os EUA, conforme noticia o Wall Street Journal.

A Apple vai produzir cerca de 25 milhões de iPhones em território indiano este ano. De acordo com o Bank of America, citado pelo jornal norte-americano, cerca de 10 milhões de dispositivos têm como destino o mercado doméstico, mas, se a empresa liderada por Tim Cook redirecionar todos os iPhones para produzidos no país para os EUA, poderia suprimir 50% da procura norte-americana.

No entanto, esta é apenas uma medida de curto prazo. A Apple continua focada a conseguir uma exceção às tarifas junto de Donald Trump, algo que já conseguiram obter durante a primeira administração do republicano.

A gigante tecnológica está muito dependente das suas cadeias de produção na China para fazer o seu dispositivo mais famoso, o iPhone. Esta dependência tem assustado os investidores e tem levado a uma venda avultada das ações da Apple, a mais afetada entre as "megacaps" de Wall Street. Em apenas três dias, a empresa perdeu cerca de 20% do seu valor em bolsa – a pior série de três dias em quase 25 anos.

De acordo com o Wall Street Journal, as tarifas de 54% de Donald Trump poderiam levar a um aumento de 300 dólares na produção do hardware do iPhone 16 Pro, levando o total para cerca de 850 dólares. Estas contas não pressupõe a ameaça de tarifas adicionais de 50% feita, esta segunda-feira, pelo Presidente dos EUA, caso a China não dê um passo atrás nas suas taxas alfandegárias retaliatórias. Se avançar, as taxas alfandegárias sobre produtos chineses chegariam aos 104%. 

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