Carros da Rivian levam Amazon para prejuízos
A Amazon registou prejuízos no primeiro trimestre deste ano, pressionada por uma perda de 7,6 mil milhões de dólares com a desvalorização da sua participação na fabricante de veículos elétricos Rivian. É o primeiro trimestre no vermelho desde 2015.
A Amazon fechou o primeiro trimestre com perdas de 3,8 mil milhões de dólares, valor que compara com lucros de 8,1 mil milhões nos primeiros três meses de 2021, anunciou esta quinta-feira a empresa fundada por Jeff Bezos. Desde 2015 que a gigante do e-commerce não registava um trimestre com saldo negativo.
Os resultados, que desiludiram os analistas, foram pressionados pela perda de 7,6 mil milhões de dólares devido à desvalorização das ações da fabricante de veículos elétricos Rivian, na qual a Amazon detém uma participação de cerca de 18%. A Rivian perdeu mais de metade do seu valor em bolsa no primeiro trimestre.
As receitas da Amazon ascenderam a 116,44 mil milhões de dólares, marginalmente acima dos 116,3 mil milhões esperados pelos analistas, segundo a Refinitiv.
Mas os números que mais penalizaram as ações da Amazon, que caem 9% no "after hours", foi a "guidance" da empresa para o segundo trimestre. A empresa estima receitas entre 116 mil e 121 mil milhões de dólares, muito abaixo dos 125,5 mil milhões de dólares projetados pelos analistas. A elevada inflação nos seus principais mercados irá penalizar as vendas este trimestre.
As receitas com publicidade ascenderam a 7,88 mil milhões de dólares, uma subida homóloga de 25%, enquanto a Amazon Web Services foi quase o único ponto positivo nas contas trimestrais ao faturar 18,44 mil milhões de dólares, mais 36,5% do que um ano antes e acima dos 18,27 mil milhões esperados pelo mercado.
"A pandemia e a guerra na Ucrânia trouxeram um crescimento invulgar (no primeiro caso) e desafios", refere, em comunicado, o CEO da Amazon, Andy Jassy, que sucedeu a Jeff Bezos à frente da gigante tecnológica.
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