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Empresas portuguesas estão a apoiar-se nas tecnologias de IA e "cloud"

A adoção de IA e de computação na nuvem está a aumentar entre as empresas nacionais. Ainda assim, os dados do INE apontam que a falta de conhecimento se mostra como um entrave.

Inteligência artificial em foco na conferência da Anacom, em Lisboa
Inteligência artificial em foco na conferência da Anacom, em Lisboa Getty Images
12:37

As empresas portuguesas estão mais amigas das tecnologias e estão a adotá-las. O novo inquérito à utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas empresas do Instituto Nacional de Estatística (INE) evidencia que a adoção de inteligência artificial (IA) e de computação na nuvem ("cloud") tem vindo a crescer.

"Em 2025, 38,7% das empresas referem a aquisição de serviços de computação em nuvem para utilização na Internet (+1,2 pontos percentuais face a 2023). Entre as empresas que recorrem a este tipo de serviços, destacam-se o correio eletrónico (89,7%), o armazenamento de ficheiros (79,3%), o 'software' de escritório (70%) e 'software' de aplicações de segurança (69,7%)", destaca o gabinete estatístico. 

Segundo a análise, a proporção de empresas que utilizam a cloud "aumenta com o escalão de pessoal ao serviço, tendo todos os escalões registado acréscimos face a 2023". "O setor da informação e comunicação apresentou a maior proporção (78%), enquanto o setor dos transportes e armazenagem evidenciou o maior aumento face a 2023 (+8,3 p.p.)", enquanto o setor do alojamento e restauração apresentou um decréscimo de 0,5 p.p..

Já em termos de IA, o INE aponta que 11,5% das empresas utilizam esta tecnologia em 2025, "o que representa um aumento de 2,9 p.p. face a 2024". "A adoção de IA aumenta com o escalão de pessoal ao serviço: 49,1% das empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço recorrem a estas tecnologias, seguidas das empresas com 50 a 249 pessoas (18,2%) e, por último, das empresas com 10 a 49 pesssoas ao serviço (9,4%), o que corresponde a aumentos de 7,2 p.p., 2,8 p.p. e 2,7 p.p. face a 2024, respetivamente", destaca o INE. 

O setor de informação e comunicação é o que regista a maior percentagem de utilização desta tecnologia, algo como 52,8%, enquanto o setor dos transportes e armazenagem regista uma utilização de 14,8%. "Em contrapartida, o setor da construção e atividades imobiliárias regista a menor proporção (5,5%)", ainda que todos os setores apresentem acréscimos face a 2024, destacando-se o setor dos transportes (9,9 p.p.)". 1

"Entre as empresas que não utilizam tecnologias de IA, 12,3% ponderaram vir a adotá-las (+2,8 p.p. face a 2024). As principais razões apontadas para a não utilização incluem a falta de conhecimentos adequados na empresa (74,4%), os custos parecerem demasiado elevados (60,4%), a falta de clareza sobre as consequências legais, nomeadamente no que respeita à responsabilidade em caso de danos causados pelo uso de IA (57,3%), e preocupações relativas à violação da proteção de dados e da privacidade (55,4%)", sustenta o relatório do INE. 

As empresas recorrem à IA na análise de linguagem escrita, apresentando um aumento de 11,3 p.p. face a 2024. "Seguem-se as empresas que utilizam IA para a geração de imagens, vídeos, som/áudio (50,9%), para a geração de linguagem escrita, falada ou códigos de programação (45,6%), para aplicação de aprendizagem automática ('machine learning') na análise de dados, incluindo 'deep learning' (34,9%), e para automatização de diferentes fluxos de trabalho ou auxílio na tomada de decisão (34,5%)".

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