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Europeus pedem mais medidas contra publicidade disfarçada feita por influenciadores

Estudo mostra que os influenciadores não divulgam a ligação às marcas em 67% dos vídeos em que promoviam "fast food".

Europeus pedem mais medidas contra publicidade disfarçada feita por influenciadores
Europeus pedem mais medidas contra publicidade disfarçada feita por influenciadores Matthias Balk / picture-alliance / dpa / AP Images
08:17

A Organização Europeia de Consumidores (BEUC) pediu esta quarta-feira à Comissão Europeia medidas adicionais contra a publicidade disfarçada de influenciadores nas redes sociais, incluindo a proibição de promover produtos que representem um risco para as pessoas, como 'fast food'.

O pedido surge na sequência de um estudo realizado entre março e setembro deste ano por organizações de consumidores de 12 países europeus, que analisou 650 vídeos em que influenciadores promoviam produtos de moda rápida ('fast fashion') ou comida sem qualidade nutritiva ('junk food')

Uma das conclusões do relatório é que os influenciadores não divulgam a ligação às marcas em 67% dos vídeos em que promoviam comida rápida ('fast food'), explicou a BEUC.

"As evidências recolhidas nos setores da alimentação e da moda rápida confirmam práticas generalizadas de publicidade disfarçada. As mensagens comerciais são frequentemente apresentadas como expressões de estilo pessoal em vez de publicidade, confundindo a linha entre marketing e opiniões genuínas", afirma-se no relatório.

E quando os anúncios são de facto rotulados como tal, "a terminologia costuma ser confusa e enganosa", e "códigos de desconto e 'links' promocionais muitas vezes ficam escondidos na secção de comentários abaixo das publicações", acrescenta-se no estudo.

A BEUC acredita que as leis da União Europeia abordam essa situação apenas parcialmente e, nesse sentido, considera necessário atualizá-las para "esclarecer as responsabilidades" dos diversos atores que atuam no mercado da publicidade 'online', desde os influenciadores e agendas publicitárias que os movem até marcas e plataformas digitais.

Nesse sentido, a organização destaca que os países da União Europeia adotaram diversas medidas a nível nacional para regulamentar, em particular, a promoção de produtos financeiros de risco.

"Além dos serviços financeiros, são necessárias medidas legislativas eficazes para proteger os consumidores dos riscos representados pela publicidade de influenciadores", afirma a BEUC, que defende que este aspeto seja regulamentado na lei da equidade digital e na dos serviços de comunicação social audiovisual, que a Comissão Europeia planeia apresentar no próximo ano.

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