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Huawei pode beneficiar do controlo aos "chips" dos Estados Unidos

A chinesa Huawei pode ser uma das empresas a beneficiar da guerra comercial. Entre as restrições dos EUA à China, e a toda a produção que lá acontece, empresas chinesas podem sair vitoriosas no que toca à inovação.

AP
21 de Abril de 2025 às 13:24

A Huawei pode sair beneficiada da guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China, nomeadamente no que refere às tarifas. Com um controlo apertado às vendas da Nvidia para a China (onde até são produzidos os "chips"), o mercado doméstico pode olhar para as empresas da casa

De acordo com analistas ouvidos pela CNBC, as tarifas aplicadas à China podem fazer com que a Huawei volte à ribalta. 

A Nvidia, uma das empresas norte-americanas mais afetadas pelas restrições aos "chips", nomeadamente aos H20, estima perdas de 5,5 mil milhões de dólares com os bloqueios e o CEO foi, inclusivamente, a Pequim para tentar negociar vendas

A China procura alternativas às maiores empresas americanas, como a Nvidia e a AMD, e poderá estar a olhar para fabricantes locais como a Huawei, empresa com produtos banidos nos EUA e na Europa. 

A Huawei e a Cambricon Technologies são duas empresas que os analistas consideram que podem beneficiar da aposta chinesa em "chips" locais. Brady Wang, analista da Counterpoint Research diz à CNBS que estas concorrentes vão agora ganhar ímpeto e têm oportunidade para crescer e melhorar as suas soluções. 

Por exemplo, a Huawei tem trabalhado em melhorias nos "chips" Ascend, o que lhe tem permitido ganhar algum terreno numa altura de competição cerrada. O analista Doug O'Laughlin da SemiAnalysis explica que a Huawei está "uma geração atrasada no que refere os chips", mas que estes estão "a ter sucesso" no hardware. 

"Embora ainda se registem lacunas na maturidade do software e na prontidão do ecossistema, o desempenho do hardware está a aproximar-se rapidamente", acrescentou à publicação.

Contudo, há entraves. As fabricantes chinesas estão a lutar para encontrar produção suficiente para os seus "chips", isto depois da Nvidia ter alcançado escala com a parceria com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, o que impede que esta fabricante de produzir para a China. Assim, estas empresas estão dependentes de fabricantes chinesas, como é o exemplo da Semiconductor Manufacturing International Corporation.  

A situação prende-se apenas com a capacidade de produção desta fabricante, que tem de crescer significativamente para conseguir acompanhar a procura que se tem verificado. As restrições às exportações estão a incentivar a indústria chinesa a inovar e a transformar-se a uma escala superior.

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