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Mais de mil milhões de dólares em "chips" da Nvidia entraram no mercado negro chinês

Nos meses seguintes ao aperto das restrições à exportação de semicondutores da Nvidia apresentadas em abril, pelo menos mil milhões de dólares em "chips" chegaram a território chinês.

A Nvidia tornou-se a primeira 'four trillion dollar baby'.
A Nvidia tornou-se a primeira "four trillion dollar baby". AP
24 de Julho de 2025 às 13:37

Os "chips" da Nvidia continuam a entrar em território chinês, apesar das restrições à sua exportação impostas pela Casa Branca na administração Biden e apertadas nos primeiros meses da era Trump - depois de o chatbot DeepSeek ter feito tremer o mercado da inteligência artificial. De acordo com uma análise do Financial Times, pelo menos mil milhões de dólares em "chips" foram exportados para Pequim nos últimos meses, com o processador gráfico B200 a tornar-se bastante popular no mercado negro. 

Na semana passada, o - um "chip" criado pela empresa para contornar as limitações decididas pela anterior administração e que foi, posteriormente, apanhado numa nova leva de restrições. Apesar de a exportação de B200 violar as regras impostas nos EUA, as empresas chinesas não estão proibidas de receber e vender estes processadores - muito utilizados por grandes tecnológicas como a OpenAI (dona do ChatGPT), Alphabet e Meta. 

Mesmo com os "chips" a continuarem a chegar à China, a Nvidia nega que os esteja a exportar ilegalmente. A tecnológica insiste que "não há evidências de desvio" dos seus semicondutores para o país asiático, com o FT a indicar que não existem provas do envolvimento da empresa nestas exportações. "Tentar montar centros de dados com produtos contrabandeados é uma proposta perdida, tanto a nível técnico como a nível económico", explicaram representantes da empresa ao jornal britânico. "Os centros de dados requerem assistência e apoio - que nós só fornecemos a produtos autorizados", concluem. 

Os "chips" B200 têm sido bastante procurados devido ao seu alto desempenho, valor e fácil manutenção, quando comparados com a série Grace Blackwell - também produzidos pela Nvidia. Apesar das restrições às exportações, também estes semicondutores têm conseguido entrar em território chinês. 

A China é um dos mercados mais importantes da Nvidia, com o grupo a registar vendas de 17 mil milhões de dólares no país em 2024. No entanto, Pequim tem tentado diminuir a sua dependência dos semicondutores da norte-americana nos últimos tempos, redirecionando as empresas chinesas para os "chips" produzidos pela Huawei. Apesar de tudo, o plano não está a colher grandes frutos, uma vez que as tecnológicas do país estão a enfrentar vários problemas com o Ascend AI.

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