Meta rompe com publicidade política na Europa e lança críticas às regras da UE
A dona do Facebook tem sido uma das maiores críticas às últimas leis do bloco europeu que abrangem as redes sociais. Na visão da Meta, os europeus serão os principais prejudicados.
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A dona do Facebook vai terminar com toda a publicidade política, eleitoral e de questões sociais nas plataformas do bloco europeu já a partir de outubro. A decisão vem na consequência das novas regras da transparência digital da Comissão Europeia.
A Meta critica mesmo os requisitos de Bruxelas em relação à nova lei europeia. Esta sexta-feira, a gigante das redes sociais assegurou que vai deixar de permitir os anúncios que toquem nesses três temas no Facebook e no Instagram.
Esta decisão chega antes da implementação do regulamento de transparência e segmentação de publicidade política da UE. Esta lei introduz novas condições, que o grupo de Mark Zuckerberg classifica como fortes amarras, sobre a forma como as plataformas digitais podem partilhar conteúdo político aos seus utilizadores.
A Meta defende que este regulamento introduz "desafios operacionais significativos e incertezas legais", razão pela qual comunicou que não vai permitir os anúncios políticos nas plataformas. A limitação de Bruxelas estende-se ainda aos candidatos.
"Esta é uma decisão difícil - que tomámos em resposta ao próximo regulamento da UE, que introduz desafios operacionais significativos e incertezas legais", apontou a tecnológica.
Esta lei foi desenhada e aprovada para abordar as crescentes preocupações sobre a manipulação de informação e a interferência estratégia em eleições, além de melhorar o processamento dos dados pessoais que envolvem publicidade política. Caso as regras não sejam cumpridas, as Big Tech arriscam-se a uma coima de até 6% do seu volume de negócios anual.
A Meta tem sido uma das empresas mais vocais contra as regras apertadas da Comissão Europeia, nomeadamente das últimas a nível digital. O grupo tecnológico afirma ainda que estas regras vão prejudicar os cidadãos europeus.
"Acreditamos que os anúncios personalizados são essenciais para uma ampla gama de anunciantes, incluindo aqueles envolvidos em campanhas para informar os eleitores sobre questões sociais importantes que moldam o discurso público", partilhou a Meta.
"Regulamentos, como o transparência, prejudicam significativamente a nossa capacidade de oferecer estes serviços, não só impactando a eficácia do alcance dos anunciantes, mas também a capacidade dos eleitores de aceder a informações abrangentes", acrescentou.
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