Reclamações nas comunicações diminuíram em 2022. Apenas Vodafone viu o número subir

Por operador, a Vodafone foi o prestador alvo de mais reclamações em termos absolutos, 36%, e também o único que viu este número aumentar face a 2021. Contudo, a NOS foi o prestador que registou mais reclamações por mil clientes.
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Sílvia Abreu 01 de Março de 2023 às 14:52

As reclamações nas comunicações eletrónicas diminuíram em 2022. Foram feitas 72,5 mil reclamações, o que representa um decréscimo de 10% face ao ano anterior, divulgou esta quarta-feira a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom). 

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Por operador, a Vodafone foi o prestador alvo de mais reclamações em termos absolutos, 36%, e também "o único que viu este número aumentar face a 2021". Segundo a Anacom, as reclamações contra este prestador subiram 12%.

Já a Nos foi o segundo operador de telecomunicações com maior número de reclamações, reunindo 31% das reclamações totais. Segue-se a Meo, com 29%, e a Nowo, com 3%.

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"Se atendermos à taxa de reclamações, a NOS foi o prestador que registou mais reclamações por mil clientes – 7,2 –, seguida da Vodafone, com 7,1. A MEO apresentou a menor taxa de reclamação, com 3,7 reclamações por mil clientes", acrescenta o regulador.

Por distrito, Setúbal foi aquele que registou mais reclamações, com cerca de 88 reclamações por 10 mil habitantes, seguindo-se Lisboa com 86,2.

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Os problemas na contratação de serviços dominaram as reclamações, tendo sido o único assunto a aumentar neste período. "Ao todo foram recebidas 20 mil reclamações sobre estas dificuldades, cerca de 28% das reclamações sobre comunicações eletrónicas", revela o regulador.

Em sentido inverso, detalha a Anacom, assistiu-se a uma melhoria em matéria de demora no tratamento de reclamações, tendo sido o motivo que mais diminuiu em 2022 no setor das comunicações eletrónicas.

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CTT dominam reclamações no setor postal

Também no setor postal as reclamações diminuíram. "Existiram 37,2 mil reclamações em 2022, menos 22% do que no período homólogo", refere a Anacom, apontando que os CTT foram responsáveis por 31,8 mil das reclamações - o que representa 86% do valor total.

Apesar de deterem a maior fatia de reclamações, os CTT viram o valor total cair 23% em 2022.

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"A DPD é o segundo operador postal mais reclamado, com 2,5 mil reclamações, menos 27% do que em 2021. O conjunto de outros prestadores menos reclamados (UPS, General Logistics, DHL, CEP, TNT, entre outros) representa ao todo 8% das reclamações registadas pela Anacom", pode ler-se no documento divulgado pelo regulador.

A falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais, sendo a causa de 19% do total de reclamações do setor. "O atraso na entrega de objetos postais e a deficiente cobertura de serviço foram os que mais aumentaram face a 2021", acrescenta a Anacom.

No total, considerando as comunicações eletrónicas e o sector postal, a Anacom diz ter registado em 2022 cerca de 109,7 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 15% do que em 2021. "Apesar da descida, o setor continua a registar um número de reclamações muito superior ao que se verificava no período pré-pandémico", alerta.

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