Número de subscritores de pacotes de serviços em Portugal chegou aos 4,5 milhões
As ofertas 4 e 5P foram as únicas responsáveis pela subida. Pacotes renderam 923 milhões de euros no primeiro semestre do ano.
No final de junho deste ano, Portugal chegou às 4,5 milhões de subscrições em pacotes de serviços de telecomunicações. Os dados são da Anacom e revelam que, no primeiro semestre de 2022, o número de subscritores de pacotes de serviços subiu em 151 mil, um aumento de 3,5%, face ao periodo homólogo.
De acordo com a Autoridade Nacional de Comunicações, o crescimento foi, ainda assim, inferior ao registado em anos anteriores (tinha sido de 3,9% no final do semestre homólogo). Além disso, a subida está "exclusivamente" associada às ofertas 4 e 5P (quatro e cinco serviços), com um aumento de 157 mil ou 7,2%.
Apesar do abrandamento registado, os pacotes continuam a ter um peso "muito expressivo", tendo a penetração atingido 90,5 por 100 famílias. Estima-se atualmente que as ofertas isoladas residenciais representem apenas 1% do total dos clientes residenciais de banda larga fixa, 3% do total de subscritores residenciais de televisão paga e 6% dos utilizadores residenciais de telefone fixo.
No 1º semestre, as ofertas de pacotes constituídos por 4 ou 5 serviços foram as mais utilizadas, contando com 2,3 milhões de subscritores (52,6% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P, com 1,7 milhões de subscritores (38,1%). O crescimento percentual das ofertas 4/5P (7,2%) foi o mais elevado desde o final de 2019, enquanto as ofertas 3P registaram um decréscimo (-0,2%), contrariando o crescimento que vinham a registar desde o início de 2020.
Entre janeiro e junho de 2022, as receitas de serviços em pacote foram de cerca de 923 milhões de euros (50,5% do total das receitas retalhistas), tendo aumentado 3,9% face ao verificado no mesmo período do ano anterior (o maior crescimento verificado desde o final de 2020). As receitas de ofertas 4/5P representaram 64,7% do total das receitas em pacote ou 32,7% do total das receitas retalhistas.
A receita média mensal por subscritor de pacote foi de 34,75€ (sem IVA), mais 0,4% face ao registado no semestre homólogo. A receita média mensal foi de 43,17 euros no caso das ofertas 4/5P (-0,1%) e de 27,57 euros no caso das ofertas 3P (-0,4%).
Ainda de acordo com a autoridade, no final do período em análise a MEO era o prestador com maior quota de subscritores de serviços em pacote (41%), seguindo-se o Grupo NOS (35,7%), a Vodafone (20,2%) e a NOWO (3%). Face ao mesmo período do ano anterior, a Vodafone e a MEO aumentaram a sua quota de subscritores (+0,5 e +0,2 pontos percentuais - p.p. - respetivamente), enquanto as quotas do Grupo NOS (-0,5 p.p.) e da NOWO (-0,3 p.p.) diminuíram.
Por tipo de oferta, a MEO apresentou a maior quota de subscritores em todos os tipos de oferta: 2P (44,1%), 3P (39,1%) e 4/5P (41,8%). A empresa apresentou também a quota de receitas de serviços em pacote mais elevada (41,2%), seguindo-se o Grupo NOS (40,1%), a Vodafone (16,8%) e a NOWO (1,8%). Face ao mesmo período do ano anterior, a MEO e o Grupo NOS aumentaram as quotas de receitas em 0,2 e 0,1 p.p., a Vodafone manteve a sua quota e a NOWO diminuiu a sua quota em 0,2 p.p, conclui a Anacom.
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