APDL pede a empresas que levantem contentores autorizados a sair do Porto de Leixões

A APDL garante ainda que "o serviço marítimo para as Regiões Autónomas está normalizado e em operação, pelo que estão a ser carregados navios com destino às ilhas sem qualquer constrangimento".
Paulo Duarte
Lusa 16:03

A Administração do Porto de Leixões, em Matosinhos, apelou esta segunda-feira às empresas que levantem os contentores que já tem autorização de saída, depois de os constrangimentos causados pelo novo sistema aduaneiro terem levado à lotação daquela infraestrutura.

Em comunicado, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A. (APDL) salientou que agora "o mais importante é estabilizar o novo sistema aduaneiro" para que seja "retomada a normalidade do sistema portuário", reiterando que, "só com este sistema portuário a funcionar em pleno é possível garantir a movimentação de grandes volumes de carga com eficiência, apesar da forte limitação de espaço disponível nos terminais".

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Segundo lembra a APDL, "a recente entrada em funcionamento do novo sistema informático da Autoridade Tributária e Aduaneira (SIMTEM) gerou constrangimentos com impacto direto na operação de Contentores e Carga Geral no Porto de Leixões, nomeadamente na fluidez do despacho aduaneiro".

Aqueles constrangimentos originaram a "acumulação de contentores nos terminais ao ponto de esgotar a sua capacidade".

"Nesta fase, é também crucial que as empresas façam o levante dos contentores que já têm autorização de saída, os quais já foram divulgados junto dos clientes e transportadores através dos canais de negócio que a APDL e o concessionário TCL possuem", explica a APDL .

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A APDL apela, por isso, "a todas as empresas e transportadores para que colaborem neste processo de levantamento de mercadoria, de forma a desocupar os terminais e a tornar possível a receção de carga dos navios planeados para os próximos dias".

No texto, a APDL garante ainda que "o serviço marítimo para as Regiões Autónomas está normalizado e em operação, pelo que estão a ser carregados navios com destino às ilhas sem qualquer constrangimento".

Na terça-feira, o Governo Regional da Madeira pediu a intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro, para que fosse encontrada uma solução urgente, uma vez que o abastecimento ao arquipélago estaria em causa e na quarta-feira a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) pediu uma "intervenção urgente" do Governo Regional junto da República, para uma "rápida normalização" do fluxo de mercadorias por via marítima com destino à região.

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Para a APDL, "este episódio veio tornar ainda mais evidente uma realidade já conhecida: o elevado volume de carga movimentado, o elevado grau de automatização e o facto de o Porto de Leixões operar próximo do limite da sua capacidade infraestrutural tornam o sistema particularmente sensível a quaisquer perturbações".

A APDL reforça ainda "a urgência e a relevância dos investimentos estruturais já previstos, essenciais para garantir maior resiliência, competitividade e capacidade de resposta a situações desta natureza, em particular a ampliação do Terminal de Contentores Norte".+

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