Apenas 16 quilómetros estão em obras na Linha do Douro
A intervenção em curso para electrificar a Linha do Douro envolve apenas 16 quilómetros de via-férrea, entre o Marco de Canavezes e Caíde do Rei (Lousada), e não os 58 quilómetros que foram referidos no final de Julho pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas e que dizem respeito ao que está em obra mas também aos projectos existentes.
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A denúncia foi feita na edição do Público desta sexta-feira, 3 de Agosto, notando que, além de ser mais curto o percurso que já está a ser electrificado – e também renovado ao nível da sinalização, telecomunicações e plataformas das estações –, a modernização no troço que se estende até à Régua está atrasado dois anos.
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Num esclarecimento enviado ao Negócios, a tutela indicou que a referência aos 58 quilómetros inclui "os troços que estão em obra e os que estão em fase de elaboração de projecto". "Um dos motivos de alguns atrasos nas obras do plano Ferrovia 2020 deriva precisamente da inexistência dos projectos de execução: as obras estavam programadas no Plano Estratégico de Transportes (PETI 3+, de 2014), mas quando o Governo tomou posse não havia projetos em desenvolvimento", acrescentou.
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Em causa estava uma publicação na rede social Twitter feita pelo Ministério liderado por Pedro Marques. É que a obra nos restantes 42 quilómetros, que vai custar cerca de 100 milhões de euros, ainda está em fase de projecto e só deverá começar a ser realizada a partir de Março de 2020, já na próxima legislatura, tendo conclusão prevista para dois anos depois.
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O que estamos a fazer na Linha do Douro:
eletrificação de 58 kms
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renovação integral de via
sinalização e telecomunicações
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modernização das plataformas das estações #investimento #ferrovia #iphttps://t.co/NPb54jI3G6
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Segundo o mesmo jornal, nos restantes 70 quilómetros da Linha do Douro, entre a Régua e o Pocinho, não estão previstas obras de modernização nos próximos anos, dado que o projecto não foi considerado prioritário pela Infraestruturas de Portugal (ex-REFER) no âmbito do chamado Programa Nacional de Investimentos promovido pelo Executivo.
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"O que o Governo está a fazer na Linha do Douro é o que está a fazer no resto da rede ferroviária: recuperar o tempo perdido, fazer investimento onde antes houve desinvestimento. (…) O plano Ferrovia 2020 contempla um investimento de 2 mil milhões de euros em metade da rede ferroviária nacional. Contempla mais 100 quilómetros de linha (Évora-Elvas), cujo concurso público para obra já está em curso. Ou seja, pela primeira vez em muitas décadas, não haverá encerramento de linhas, mas sim abertura", conclui a nota do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.
(Notícia actualizada às 15:25 com os esclarecimentos do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas)
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