IP não vai integrar trabalhadores da limpeza por ter carência de quadros na atividade core
O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, afirmou esta terça-feira no Parlamento que a eventual integração dos trabalhadores que asseguram a limpeza dos comboios e das estações ferroviária nos quadros da empresa "não faz parte dos planos a curto e médio prazo".
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Ouvido no âmbito de um requerimento do PCP na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre a situação desses trabalhadores que no início de setembro estavam com salários em atraso, o responsável justificou não ter intenção de os integrar "porquanto temos ainda uma manifesta, enormíssisima, carência de meios e de quadros, quadros esses que são necessários para a nossa atividade core".
A empresa pública considera "impossível" integrar os 500 trabalhadores que prestam serviço nas suas instalações – num total de 2.024 espaços -, lembrando ainda António Laranjo que "a IP não tem autonomia para integrar quaisquer trabalhadores por sua livre iniciativa", tendo de se "articular com as tutelas, e há muitas outras prioridades".
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Sobre a situação dos salários em atraso desses trabalhadores de limpeza da empresa Ambiente e Jardim, empresa que viu rescindido o contrato no início deste mês, António Laranjo afirmou que esse assunto "deixou de ser uma preocupação relevante já que se encontra regularizada a nova contratação de prestação de serviços de limpeza e estão em processos de regularização todos os créditos vencidos, quer sejam vencimentos quer férias, dos trabalhadores".
Para o presidente da IP, essa é assim uma matéria que "está hoje ultrapassada, naquilo que são as consequências da situação da Ambiente e Jardim", a que na altura o Tribunal de Instrução Criminal caucionou todos os pagamentos que fossem feitos à empresa até ao montante de 25 milhões de euros, recordou, reafirmando que essas dificuldades "estão hoje ultrapassadas".
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