Menzies preocupada por "serviços mínimos definidos serem insuficientes"

Os trabalhadores do "handling" vão voltar às greves de fim de semana já a partir desta sexta-feira, 8 de agosto. A Menzies rejeita as acusações e afirma estar a cumprir o que está no Acordo de Empresa e no Memorando de Entendimento.
Trabalhadores da Menzies Aviation em greve por melhores salários
Filipe Amorim / Lusa - EPA
Inês Pinto Miguel 07 de Agosto de 2025 às 15:08

A Menzies admite preocupação com os serviços mínimos decretados para a greve deste fim de semana, a acontecer entre sexta e segunda-feira, 8 a 11 de agosto. Segundo a empresa de "handling", cuja última greve gerou transtornos no aeroporto de Lisboa, foram implementados planos de contingência. 

"Foram implementados planos de contingência robustos, alinhados com os serviços mínimos definidos pelo Conselho Económico e Social, e com total respeito pelos direitos dos trabalhadores. No entanto, manifestamos a nossa preocupação com o facto de os serviços mínimos definidos serem insuficientes, com impacto num período crítico para o turismo e para a economia nacional", afima um porta-voz da empresa de "handling".

PUB

Os trabalhadores antiga Groundforce, detida em 50,1% pela Menzies Aviation e em 49,9% pela TAP, estão em greve, pedindo melhores condições salariais. A empresa lamenta que "os sindicatos insistam em promover uma narrativa distorcida, baseada em alegações infundadas e demonstrem falta de disponibilidade para um diálogo justo e honesto".

Perante as várias acusações das comissões de trabalhadores do serviço de "handling", a Menzies nega as alegações. Sobre o salário base estar abaixo do salário mínimo nacional, uma das maiores reivindicações dos trabalhadores desta empresa, a Menzies nega e afirma que "a retribuição ilíquida mensal para trabalhadores em funções operacionais a tempo completo integra todos as componentes fixas, atingindo o valor legal da remuneração mínima mensal garantida", atualmente fixada em 870 euros em Portugal.

A Menzies diz ainda que as horas noturnas são pagas conforme estão previstas no Acordo de Empresa, que está a "aplicar todos os aumentos salariais acordados no Memorando de Entendimento" e que os créditos laborais - que os trabalhadores dizem existir mais de 2,5 milhões de euros em atraso - "foram pagos conforme previsto no plano de insolvência e no Memorando de Entendimento".

PUB

Com uma das reivindicações a cair sobre o facto dos subsídios estarem congelados há 17 anos, o porta-voz da empresa nega que assim o seja, sustentando que o subsídio de refeição subiu para 8,70 euros por dia de trabalho efetivo e que foi criado um subsídio de transporte de 30 euros mensais para os horários regulares e de 75 euros por mês para quem trabalha por turnos.

Relativamente à implementação de um horário de trabalho assente em quatro dias de trabalho e dois de descanso, a empresa garante que este modelo "foi introduzido para promover o melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, tendo sido acordado com os sindicatos", sendo que as horas consecutivas de trabalho sem pausa também foram reduzidas para cinco.

Pub
Pub
Pub