Boeing prepara-se para revender aviões que estavam destinados à China
A norte-americana Boeing está a preparar-se para revender dezenas de aeronaves que se destinavam para companhias de aviação chinesas, mas que ficaram bloqueadas por causa das tarifas impostas na guerra comercial.
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A empresa de aeronáutica já começou a voar os jatos para os Estados Unidos, de forma a tentar vendê-los a companhias americanas, em vez destes ficarem parados.
O objetivo da Boeing é evitar a acumulação de aeronaves não entregues, tentando não repetir o que aconteceu no passado. A fabricante está a redobrar alguns esforços para conseguir ter dinheiro em caixa e reduzir a dívida, já depois de ter vendido o seu negócio de Soluções Digitais de Aviação por 9,2 mil milhões de euros à Thoma Bravo.
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De acordo com a Reuters, a Boeing reiterou que a venda destas aeronaves não será um problema, uma vez que existem vários potenciais compradores no mercado à espera de reforçar a frota. "Os clientes estão a ligar e a pedir-nos aeronaves adicionais", apontou o diretor financeiro, Brian West, numa chamada com analistas.
O CEO, Robert Ortberg, apontou que os clientes na China não estão a aceitar encomendas devido às tarifas aplicadas pela Administração de Donald Trump. Ortberg adiantou ainda que a Boeing apenas está a enfrentar este problema com empresas chinesas.
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Esta possível revenda de aeronaves chega num momento em que várias companhias aéreas estão à espera de um esforço das frotas, com as fabricantes a terem as listas de encomendas bloqueadas. Um relatório da Oliver Wyman apontou que o setor da aviação comercial ia observar um aumento da frota até 2035, mas que a produção das aeronaves ainda se mostra insuficiente para acompanhar o forte desenvolvimento da indústria.
Donald Trump reagiu à notícia da rejeição das aeronaves, defendendo que a empresa deveria declarar incumprimento por parte de Pequim. "A Boeing deveria decretar incumprimento da China por não aceitar os lindos aviões acabados que se comprometeu a comprar", escreveu na rede social Truth Social.
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*Notícia atualizada com a reação de Donald Trump
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