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Administração da TAP SGPS demite-se em bloco

A Azul pode nunca ver os 177 milhões de euros que reclama à TAP SGPS no âmbito do empréstimo de 2016. Órgãos sociais da empresa apresentaram renúncia ao cargo em bloco.

TAP SGPS pode 'fugir' ao pagamento da dívida.
TAP SGPS pode "fugir" ao pagamento da dívida. Miguel Baltazar
17 de Junho de 2025 às 10:11

Os órgãos sociais da Siavilo, também conhecida como ex-TAP SGPS, renunciaram às suas funções em bloco. O Eco avança que a renúncia aconteceu entre o final de março e início de junho. 

Tal como o , a companhia brasileira Azul reclama uma dívida de quase 177 milhões de euros, decorrente do empréstimo obrigacionista contraído pela TAP SGPS em março de 2016. Sem substitutos nomeados para o cargo, a Siavilo fica sem gestão e a empresa, detida na totalidade pelo Estado português, pode desaparecer, uma vez que já não possuía ativos.

O Negócios sabe que o Conselho Fiscal, do qual faziam parte Maria de Fátima Geada e a Baker Tilly, foram os primeiros a renunciar às suas funções, a 31 de março deste ano. Seguidamente, foi a vez do Conselho de Administração, no espaço de um mês.

A Administração da Siavilo apresentou a renúncia aos respetivos cargos no dia 30 de abril, nomeadamente Gonçalo Pires, atual administrador financeiro da TAP SA, Luís Rodrigues, CEO da TAP SA, e os vogais Patrício Castro, Ana Teresa Lehmann, João Pedro Duarte, José Mário Henriquez, Mário Rogério Chaves, Maria João Cardoso e Sofia Lufinha Franco.

A última renúncia aconteceu mais recentemente, a 2 de junho. O revisor oficial de contas, a PwC, também contribuiu para o esvaziamento da gestão da empresa.

A TAP SA comprou a Portugália por 4,4 milhões de euros em janeiro deste ano, adquirindo ainda 100% da UCS e 51% da Cateringpor, retirando ativos à Siavilo. Naquela que é considerada a "TAP má" sobrou apenas a Manutenção & Engenharia Brasil, que já foi colocada em processo de liquidação.

De recordar que o Estado também injetou 30 milhões de euros no mesmo empréstimo obrigacionista que a Azul em 2016, numa dívida que hoje ascende a quase 60 milhões de euros. A Parpública, responsável por esta injeção, votou contra o reembolso antecipado na última Assembleia Geral de Obrigacionistas, datada de 15 de abril.

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