O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse esta quarta-feira, 24 de Junho, à margem da assinatura dos acordos de venda da companhia ao consórcio Gateway, que continuará na companhia nesta fase de passagem de testemunho e de gestão praticamente conjunta. "A partir daí depende de me convidarem e depois eu ver em que condições e em que posição", afirmou.

Fernando Pinto, que chegou à TAP em 2000, recordou ainda sempre ter dito que "a minha missão acabaria quando fizesse a passagem do testemunho". "Obviamente tem todo um processo agora de transmissão do que temos e de tudo o que fizemos", lembrou, frisando que "daí para a frente vai depender".

"Eu quero sair da TAP, a minha vontade é sair no dia em que considerar que a empresa está no bom caminho, no caminho do crescimento", sublinhou.

Fernando Pinto disse ainda considerar que a TAP está bem entregue ao agrupamento que venceu a privatização, realçando que "é um processo que vai levar a empresa para um óptimo caminho".

Sobre o plano de ajustamento da companhia, Fernando Pinto adiantou que a análise da estratégia será feita em conjunto com os novos donos. "Preferimos fazer o programa conjunto. Começamos hoje e já temos reuniões marcadas", disse o presidente da TAP.

"No curto prazo temos acções importantes a tomar, mas todas já com visão estratégica adaptada às novas ideias, que considero que são muito interessantes", disse ainda.

Fernando Pinto prevê que até ao final do ano a sua equipa tenha trabalho a fazer na companhia.

"Não gostaria de, pura e simplesmente, a partir de agora, abandonar o barco", afirmou o gestor, considerando que tem "responsabilidade, para com os trabalhadores da TAP, de fazer essa passagem o mais suave e gradual possível".