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IAG lucra 176 milhões no primeiro trimestre e encomenda aeronaves à Boeing e Airbus

As fortes vendas, taxa de câmbio favorável e redução do preço do combustível fizeram subir o lucro do grupo de aviação IAG. Luis Gallego explicou que encomenda de 53 aeronaves vem substituir arrendamentos e dar mais capacidade.

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british airways Reuters
09 de Maio de 2025 às 10:03

O grupo IAG, dono da British Airways e da Iberia, reportou um lucro de 176 milhões de euros no primeiro trimestre, valor que compara com o prejuízo de quatro milhões do trimestre homólogo

O CEO do grupo, Luis Gallego, apontou que o resultado foi bastante positivo, tendo em conta que se trata de um período mais lento para a aviação. Este ano, convém recordar, os primeiros três meses do ano não contaram com o efeito Páscoa, que serve como alavanca para o setor. 

"Continuamos a assistir a uma procura por voos em todos os mercados em que operamos, especialmente nas cabines premium, apesar da incerteza macroeconómica que se tem observado", apontou o CEO, citado no comunicado dos resultados. 

As receitas do grupo - que está na corrida para a compra da companhia portuguesa TAP - cresceram 9,6% para 7,04 mil milhões de euros. Também o lucro operacional cresceu até aos 198 milhões de euros.

O grupo de aviação explicou que se observou um aumento das vendas, mas os ganhos também foram assentes num impacto favorável das taxas de câmbio e na redução dos preços do combustível

A apresentação dos resultados ficou ainda marcada pelo anúncio da compra de 53 novas aeronaves à Airbus e à Boeing, sendo a maior carteira de encomendas atribuível à fabricante americana. A IAG adquiriu 32 aviões à Boeing para entregar à British Airways, enquanto as 21 aeronaves da Airbus vão ser divididas pela Iberia, Aer Lingus e a "low-cost" Level. 

A preço de catálogo, e Luis Gallego adiantou na "call" com analistas que foi conseguido um desconto devido ao volume de encomendas, as aeronaves custariam 18,3 mil milhões de euros.

Estas encomendas só devem reforçar as companhias aéreas entre 2028 e 2033, mas "reforça o compromisso de fortalecer as nossas marcas e aprimorar a proposta para os clientes". O CEO adiantou que as novas aeronaves "vão permitir-nos fortalecer os principais mercados, ao mesmo tempo que continuamos a gerar valor a longo prazo para os nossos acionistas". 

Sobre a contratação de aeronaves da Boeing, fabricante apanhada na tempestade das tarifas recíprocas de Trump, Gallego explicou aos analistas que as negociações já tinham começado no ano passado. "Não gostamos de tarifas e não vemos como elas podem ajudar a indústria. Mas vamos continuar a trabalhar para ver se conseguimos manter as encomendas" com a fabricante norte-americana, adiantou o CEO aos analistas. 

Perspetivas para 2025

"Estamos confiantes no futuro e nas perspetivas que traçámos para o ano de 2025", disse Luis Gallego aos analistas, quando a incerteza geopolítica e económica se intensifica com tarifas.  

O CEO do grupo de aviação confirmou que tinha 80% dos lugares reservados para o segundo trimestre, com dados baseados até a 6 de maio. Para o segundo semestre, que ainda apanha a época alta, as reservas ainda estão em 29%, em linha com o ano passado. 

Este ano, e por conta de um aumento de preços, os ganhos do grupo serão superiores.

Sobre a incerteza vinda dos EUA, Luis Gallego admitiu que existe um "balanço entre mercados" onde as companhias do grupo operam. 

"Os EUA estão a aguentar, com um forte desempenho do segmento premium. O mercado europeu tem crescido e o doméstico está em linha com o ano passado", adiantou. 

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