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TAP: Grupo IAG é "aquele que está mais bem posicionado"

Na opinião de Rui Quadros, especialista em aviação comercial e antigo gestor da Ibéria, da PGA e da SATA, o grupo IAG é, nesta altura, o concorrente mais forte.

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11 de Julho de 2025 às 14:12

O Governo aprovou esta quinta-feira o decreto-lei que determina a venda de 49,9% da TAP, dos quais 44,9% serão alienados a um investidor estratégico do setor da aviação ou a um consórcio liderado por um investidor estratégico, ficando 5% reservados para os trabalhadores. Questionados pelo Negócios, os grandes interessados voltaram a reforçar o interesse no processo de privatização, como foi o caso da Air France-KLM e do IAG, dona da Iberia e British Airways, enquanto a Lufthansa optou pelo silêncio. 

Entrevistado pelo Negócios no canal NOW, Rui Quadros, especialista em aviação comercial e antigo gestor da Ibéria, da PGA e da SATA, considera que o grupo IAG é o concorrente mais forte neste momento. "Acho que a Lufthansa não se pronunciou por questões estratégicas. O grupo IAG julgo ser aquele que em termos de captação de passageiros, de receita, de negócio e de rentabilidade, é aquele que está mais bem posicionado. O grupo IAG tem um hub em Madrid, tem um hub em Dublin, tem um hub em Barcelona, terá um hub em Lisboa e obviamente em Heathrow. Isto é fortíssimo, obviamente, só que o grupo IAG tem alguma tendência para ceder pouco a sindicatos, isto obviamente que é uma pedra de sapato na TAP, se se quer privatizar", afirma.

Sobre a privatização, Rui Quadros considera que "esta proposta é extremamente política e que também me parece ser uma proposta que foi feita à medida das pessoas que já ouviram. Porque obviamente tem muitos inibidores, não é? Uma participação minoritária, sem controle parece-me que tem muitos riscos, a obrigação de manter o hub em Lisboa, rotas estratégicas, mas são estratégicas para quem? Obviamente com o investimento obrigatório em frota, claro. Defender o porto, defender Faro, defender as ilhas, claro que sim, visto que é uma mensagem extremamente política".

Além disso, lembra, "os lucros da TAP têm vindo a aumentar, têm tido uma performance fantástica a seguir ao Covid-19, mas também tem custos altíssimos e estes custos têm a ver com custos fixos com o pessoal. Como é que isso vai ser resolvido? O clima laboral é complexo e depois o risco político. Quem tem 50,1% tem um poder, não é? Portanto, eu vou investir como? Obviamente que há coisas que já estão preparadas e que já estão combinadas e que não se diz por questões políticas, porque isto é um dossiê político".

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