Concorrentes à alta velocidade vão ter acesso a informação antes do concurso
O primeiro concurso, para o troço Porto-Oiã, será lançado até ao fim do ano, mas começará a ser disponibilizada informação sobre o projeto aos potenciais concorrentes assim que for obtida a declaração ambiental.
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A Infraestruturas de Portugal (IP) tem previsto lançar o primeiro concurso da nova linha de alta velocidade Lisboa-Porto, no troço entre Porto e Oiã (Aveiro), até ao fim deste ano, mas a empresa pretende ainda antes avançar com um pré-aviso de concurso e começar a disponibilizar informação sobre o projeto aos potenciais concorrentes, o que é possível através da publicação de um anúncio periódico de contratação no Jornal Oficial da União Europeia. Um procedimento a que a Metro do Porto recorreu já este ano no sentido de aumentar a concorrência e ganhar tempo no projeto de construção da nova Linha Rubi. O Negócios sabe que a IP pretende avançar com essa comunicação ao mercado sobre a intenção de lançamento deste primeiro concurso, com vista a poder começar a disponibilizar informação e ganhar tempo, assim que o projeto obtiver a declaração de impacte ambiental (DIA), o que está previsto que ocorra, segundo o cronograma apresentado, no terceiro trimestre deste ano. A IP já submeteu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) os estudos de impacte ambiental dos dois primeiros troços da alta velocidade – Porto-Oiã e Oiã-Soure – estando agora a avaliação ambiental em curso. Por outro lado, foi já criada a equipa de projeto envolvendo a IP e a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP) para preparar o concurso para a concessão do troço Porto-Oiã, que será lançado até ao fim deste ano. Em setembro do ano passado, na apresentação pública do projeto da alta velocidade no Porto, a IP adiantou que a nova linha, que vai permitir no futuro ligar as duas maiores cidades do país numa hora e 15 minutos, será construída em três fases. Está previsto que o troço entre Campanhã e Soure, que corresponde à primeira fase do projeto, esteja concluído até 2028. Para os dois lotes que estão definidos – Porto-Oiã e Oiã-Soure – está previsto um investimento total de 2.950 milhões de euros, estando já assegurados 1.000 milhões de euros de fundos comunitários. A executar também nesta fase, e para servir a alta velocidade, está ainda a construção de uma nova travessia sobre o rio Douro. Já o segundo troço, que será feito entre Soure e Carregado, deve estar concluído até 2030 e permitirá já diminuir o tempo de viagem entre Lisboa e Porto para uma hora e 19 minutos. Por seu lado, a terceira fase, entre o Carregado e a estação do Oriente, só está prevista para depois de 2030. Para a futura linha serão feitos três contratos de concessão da conceção, construção, manutenção e financiamento.
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