Governo confirma que abordou Pestana para ficar com 100% das Pousadas de Portugal
O Governo confirma que o Turismo de Portugal comunicou ao Grupo Pestana Pousadas (GPP) a sua intenção de "rever a titularidade da Enatur" para que a empresa volte a ser 100% propriedade do Estado em 2026, conforme avançou o Negócios.
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Em resposta ao Negócios, o Ministério da Economia e da Coesão Territorial indica que tal surge "em linha com a opção de compra que se encontra prevista no acordo parassocial celebrado entre ambas as entidades em 2003".
"O objetivo do Governo é clarificar o modelo de gestão da Enatur, garantir a sua transparência e tornar mais eficiente a parceria entre a entidade pública responsável pela gestão das Pousadas de Portugal e o concessionário que resultar do novo processo concursal", acrescenta.
O lançamento do concurso está previsto para o próximo ano, dado que a concessão atual termina 31 de dezembro de 2026, com o Governo a remeter informação a respeito para mais tarde: "A nova concessão é uma matéria que será, no seu tempo, promovida pela Enatur, e cujos contornos serão conhecidos com o lançamento do concurso para a nova cessão de exploração da rede de Pousadas de Portugal".
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Em 2003, quando o Governo avançou para a privatização decidiu ceder a exploração das Pousadas de Portugal ao grupo que a ganhasse. O vencedor foi o Grupo Pestana Pousadas (GPP) – então constituído pelo Grupo Pestana (59,8%), Grupo Caixa Geral de Depósitos (25%), Fundação Oriente (15%) e mais duas empresas com 0,2% (Abreu e Portimar) - atualmente detido a 100% pelo Grupo Pestana.
O GPP tornou-se responsável a 1 de setembro de 2003 pela exploração da rede - formada então por 44 pousadas, das quais 18 em edifícios históricos - por um período de 15 anos que, entre possibilidades de extensão do contrato (se cumpridos planos de expansão) e compensações pagas em tempo - por impactos no negócio, como saídas de unidades da rede de Pousadas, permitiram ao GPP prolongar sucessivamente o prazo, até ao último dia de 2026.
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