Cepsa suspende a entrada em bolsa devido ao "estado dos mercados"

A petrolífera espanhola decidiu adiar a respectiva entrada em bolsa, que estava marcada para o próximo dia 18 de Outubro, por tempo indeterminado. A Cepsa justifica a decisão com "o estado actual dos mercados bolsistas internacionais", avança o Expansion.

 

 

Tendo em conta a pré-determinação de preços entre os 13,10 e os 15,10 euros por acção, a Cepsa deveria entrar na bolsa com uma valorização de 7 a 8 mil milhões de euros – a entrada de maior dimensão na bolsa madrilena desde 1998.

 

 

Esta valorização ficou contudo abaixo da expectativa dos investidores, que contavam com uma capitalização na ordem dos 10 mil milhões de euros.

 

 

A Cepsa iria disponibilizar 25% do capital e o anúncio do preço definitivo estava previsto para esta terça-feira 16 de Outubro.

 

 

"O accionista vendedor decidiu desistir da oferta de venda, e como consequência, adiar o processo de admissão à negociação nas Bolsas de Valores espanholas tendo em atenção o estado actual dos mercados bolsistas internacionais", lê-se no comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).

 

 

A saída, incluindo a justificação apresentada, é em tudo semelhante às recentes desistências apresentadas também pela portuguesa Sonae MC e a holandesa LeasePlan. 

Estas empresas recuaram nos planos que tinham para a entrada em bolsa numa altura em que os mercados norte-americanos apresentaram fortes quebras, que se reflectiram nas bolsas um pouco por todo o mundo, também na Ásia e na Europa. Um movimento considerado de correcção por várias autoridades financeiras mas que ainda assim as empresas consideraram invalidar os seus planos de negociação. 

Estas empresas recuaram nos planos que tinham para a entrada em bolsa numa altura em que os mercados norte-americanos apresentaram fortes quebras, que se reflectiram nas bolsas um pouco por todo o mundo, também na Ásia e na Europa. Um movimento considerado de correcção por várias autoridades financeiras mas que ainda assim as empresas consideraram invalidar os seus planos de negociação.