Comissões travaram crescimento das transferências imediatas
A 18 de setembro do ano passado, passou a ser possível efetuar transferências imediatas em Portugal. Nos quatro meses seguintes, estas transferências registaram um crescimento relevante, evolução que abrandou a partir do início deste ano. O Banco de Portugal atribuiu este abrandamento nas operações à aplicação de comissões por parte das instituições financeiras.
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Entre 18 de setembro de 2018 e 31 de março de 2019, foram realizadas em Portugal 1,2 milhões de transferências imediatas, num montante superior a 1,2 mil milhões de euros, revela o Relatório dos Sistemas de Pagamentos de 2018 publicado esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. O valor médio destas operações é de mil euros aproximadamente. A maior utilização por parte das empresas deverá justificar este valor médio elevado.
Dezembro foi o mesmo em que ocorreram mais operações: 304.990 mil transferências, no valor de 267.040 euros. No mês seguinte, estas operações registaram um decréscimo relevante. O número de operações caiu mais de 51% para 148.660 transferências. E o valor caiu 32,8% para 179.354 euros. A aplicação de encargos por parte das instituições financeiras estará por trás desta queda ocorrida a partir do início do ano.
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O mesmo relatório revela ainda que "em novembro, o Eurosistema passou também a oferecer um serviço pan-europeu para a liquidação de pagamentos imediatos, o TARGET Instant Payment Settlement (TIPS), que, à data de lançamento, permitia operações entre as instituições aderentes de três países (Alemanha, Espanha e França)". Prevê-se que no decorrer deste ano haja desenvolvimentos no que toca à possibilidade de os portugueses efetuarem transferências imediatas para outros países europeus.
No final do ano passado, mais de 95% das contas de pagamento já estavam cobertas com esta funcionalidade. A expectativa do supervisor é de que, em 2019, mais canais e mais instituições possam disponibilizar esta solução.
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