Comissões vão subir. Quais os bancos que não cobram pela conta?

BCP, Novo Banco, Santander Totta e BPI vão mexer nos preçários, agravando os custos, sobretudo associados à manutenção de conta. Mas há entidades onde ter conta não tem qualquer custo.
Patrícia Abreu 18 de Janeiro de 2022 às 22:00

Os últimos anos ficaram marcados por sucessivos aumentos de comissões. Um movimento que vai continuar em 2022, com vários bancos com agravamentos de preçário agendados para os próximos meses. A comissão de manutenção de conta tem sido um dos serviços mais visado pelas subidas, com os bancos a cobrarem mais aos clientes para terem conta aberta. Mas há bancos que ainda não cobram por este serviço.

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Depois do BCP, Novo Banco e Santander terem anunciado, ainda em 2021, agravamentos do preçário este ano, agora é o BPI a comunicar que vai mexer nos preços cobrados aos clientes. Os clientes do banco vão passar a pagar mais para ter conta aberta.

 

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De acordo com as alterações ao preçário, divulgadas no site da instituição, os clientes com Conta Valor BPI e Conta BPI Premier, com domiciliação de ordenado ou património financeiro igual ou superior a 10 mil euros, vão pagar 4,99 euros por mês pela manutenção de conta, acima dos 4,50 euros aplicados atualmente. A este valor acresce o imposto de selo de 4%.

 

As alterações, que entram em vigor a 1 de abril, incluem ainda comissões mais elevadas noutras contas de aplicações financeiras, nos serviços com cheques e nas transferências. Ainda antes do aumento de preçário no BPI sobem os custos no Novo Banco e no Santander, no próximo mês, enquanto no BCP as mudanças já entraram em vigor.

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O banco liderado por António Ramalho vai deixar de diferenciar entre saldos de conta na hora de cobrar pela manutenção da mesma, passando a exigir mais de 60 euros a todos os clientes com contas normais, sendo que quem tem contas-pacote bonificadas vai ter de pagar mais.

 

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Já o Santander vai mexer no valor das contas pacote e nos cartões de crédito, segundo adiantou a Lusa.

 

Com os bancos a acabarem com as borlas em função do ordenado, olhando apenas para os 5 maiores bancos nacionais, ter conta no banco custa mais de 60 euros por ano. Mas há formas de baixar este custo.

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A maioria dos bancos oferece as chamadas conta pacote, uma conta que dá acesso a um conjunto de serviços integrado e já inclui a comissão de conta. Os preços e os serviços variam de instituição para instituição.

Os preços incluem um "bónus" para quem receba o ordenado no banco. Sem domiciliação paga-se mais. O Novo Banco aplica um valor mensal de 2,95 euros por mês, seguido pela Caixa (3,20 euros/mês), para o pacote mais básico – Conta Caixa S – e o Santander cobra 3,75 euros por mês a quem tenha o ordenado domiciliado no banco.

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Já o BPI vai passar a cobrar 4,99 euros pela conta Valor, enquanto o BCP aplica uma taxa mensal de 5,20 euros.

Bancos online e Banco CTT "oferecem" manutenção

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Para aqueles que não pretendem contratar estas contas com serviços integrados há instituições onde ter conta não custa nada. É o caso dos bancos online – Banco Best, ActivoBank e BiG – , mas também do Banco CTT, Banco Finantia, Banco Invest e BNI Europa. Estes são, segundo o simulador de comissões do Banco de Portugal, os bancos onde a comissão de manutenção de conta custa zero.

O facto destes bancos "online" disporem de uma rede de balcões mais reduzido, centrando a relação com o cliente na Internet, permite-lhes aplicar custos mais baixos.

Outro banco que não cobra pela conta, mediante a domiciliação do ordenado, é o Bankinter. A Conta Mais Ordenado está isenta de comissão de manutenção, desde que haja uma transferência mensal superior a 800 euros.

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No entanto, antes de escolher o banco é fundamental fazer uma análise às operações que realiza habitualmente e calcular quais seriam os custos que iria ter nos diferentes bancos. Só assim poderá perceber se compensa mudar.

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