Goldman Sachs alerta para correção nas bolsas mas longe de pânicos
Os analistas do Goldman Sachs estão a prever uma correção nas bolsas mundiais, à imagem do que aconteceu no período pós-recuperação da grande crise financeira de 2009, mas sem riscos de uma nova queda precipitada para "bear market".
De acordo com uma nota divulgada pelo banco de investimento norte-americano "a recuperação das ações desde a depressão na crise financeira em 2009 foi quase idêntica à recuperação desde a depressão em 2020 durante um período de tempo semelhante", fazendo notar que "uma correção ocorreu logo depois".
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Contudo, os analistas afastam alarmismos: "Na nossa opinião existe o risco de uma correção, mas sem uma inflexão para 'bear market'".
As ações globais caíram cerca de 60% desde o pico máximo na crise de 2009, comparando com a queda de cerca de 35% registada agora, segundo os dados do banco. Os juros das obrigações do Tesouro caíram mais após a crise financeira de níveis em torno dos 3%, em nítido contraste com os níveis atuais.
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"Os níveis iniciais mais baixos dos juros da dívida e as avaliações mais altas das ações deixam menos espaço para novos ganhos fortes no mercado de ações e poderia ter resultado numa recuperação mais modesta até agora", referem os analistas.
A nota aponta para uma correção nas bolsas em todo o mundo, como ocorreu no período pós-recuperação da crise de 2009, mas afirma que "o nosso indicador de 'bull/bear market' está em níveis relativamente neutrais sugerindo que os riscos de um 'beark market' durante o próximo ano são relativamente baixos".
"A velocidade e escala sem precedentes do apoio político durante a pandemia, projetado para reduzir o risco de cicatrizes de longo prazo, também reduziu os riscos de cicatrizes estruturais e riscos para os investidores, permitindo-lhes 'olhar através' da recessão para um recuperação", concluem.
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A longo prazo, os analistas esperam "um crescimento do lucro global de cerca de 35% este ano para iniciar a próxima fase de 'crescimento'".
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