Juros portugueses são os que mais recuam após declarações de Draghi
Portugal é “elegível” a esta compra quando regressar aos mercados, operação prevista para Setembro de 2013, e essa indicação trouxe um maior alívio para as rendibilidades pedidas pelos investidores quando trocam dívida nacional no mercado secundário.
A taxa de juro associada às obrigações portuguesas a dez anos perde 38,8 pontos base e está agora nos 8,719%, um novo mínimo desde Abril de 2011, o mês em que Portugal pediu ajuda externa. O prémio de risco, que assinala o diferencial entre as taxas praticadas sobre a dívida nacional e as da dívida alemã, desceu para valores da primeira metade de 2011.
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Este diferencial é designado de prémio de risco, já que assinala a rendibilidade extra que um investidor está disposto a pagar para deter dívida de um país, neste caso de Portugal, em vez de comprar dívida alemã, a dívida da maior economia da Zona Euro. Quanto maior a diferença, maior a percepção de risco em relação à dívida do outro país. O prémio está hoje a diminuir, já que, além de as taxas de juro implícitas às obrigações portuguesas estarem a cair, as “yields” associadas à dívida alemã estão a subir.
A taxa de juro implícita das obrigações portuguesas a cinco anos cai 50,9 pontos base e é a que mais desliza entre os vários prazos, estando nos 6,592%, um valor mínimo desde Fevereiro, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg. A dois anos, a descida é mais tímida (6,6 pontos base), deixando a "yield" em 4,772%.
As quebras das rendibilidades associadas às obrigações italianas e espanholas são menos intensas que as de Portugal, embora no caso das “yields” da dívida de Espanha, grande parte das maturidades registe perdas superiores a 30 pontos base. Isto depois de o Mario Draghi, presidente do BCE, anunciar a intenção de compras ilimitadas de obrigações de países que assim o solicitem e assim o acordem.
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