O 20.º dia de shutdown e 4 outras coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta segunda-feira marca o 20.º dia de paralisação parcial dos serviços federais dos Estados Unidos e o Senado norte-americano vai tentar, pela 11.ª vez, tentar resolver o impasse do financiamento do país. Os investidores vão estar também atentos à banca europeia, depois das quedas de sexta-feira, e deverão reagir à entrada de Itália no clube dos ratings ‘A’ e ao “downgrade” de França.
Senado dos EUA realiza nova votação para tentar acabar com shutdown.
Carla Pedro 06:45
Senado realiza 11.ª votação para acabar com “shutdown”

O Senado norte-americano realiza nesta segunda-feira ao fim do dia mais uma votação para tentar ver aprovada uma de duas propostas – a dos republicanos ou a dos democratas – de financiamento federal que permita pôr fim à paralisação (shutdown) parcial dos serviços governamentais que teve início a 1 de outubro. Na passada quinta-feira, 16 de outubro, o Senado procedeu à 10.ª ronda de votações, mas o impasse manteve-se. Depois de a Câmara dos Representantes já ter dado luz verde à proposta republicana, tem sido no Senado que a sua viabilização teima em não avançar. Este é já o terceiro mais longo shutdown da história dos Estados Unidos.    

“Ratings” de Itália e França no radar

Na passada sexta-feira, 17 de outubro, a DBRS elevou o "rating" da dívida soberana italiana de "BBB (alto)" para "A (baixo)", colocando o país liderado por Giorgia Meloni no "clube dos A", onde já marca presença Portugal, que tem uma classificação de "A (alto)". A agência de notação financeira canadiana considera ainda uma perspetiva "estável" para a dívida transalpina. Já a Standard & Poor's (S&P) optou por cortar o "rating" de França, que passou de "AA-" para "A+", o patamar em que se encontra atualmente classificada a dívida soberana portuguesa. A S&P referiu que "apesar da apresentação esta semana da proposta de Orçamento do Estado para 2026, a incerteza em torno das finanças públicas gaulesas permanece elevada".    

Banca europeia recupera?

Depois dos bons resultados trimestrais reportados pelos maiores bancos dos Estados Unidos, que deram grande ímpeto às bolsas, na quinta-feira este setor descarrilou em Wall Street – e contagiou negativamente a Europa na sessão do dia seguinte. Com efeito, os principais índices europeus pintaram-se de vermelho na última sessão da semana, depois de dois bancos regionais norte-americanos – o Zions Bancorp e o Western Alliance Bancorp – terem admitido problemas com empréstimos que concederam, o que afastou os investidores dos ativos de risco. Uma das poucas instituições financeiras do Velho Continente a escapar à tendência de perdas foi o BBVA, que viu os seus títulos valorizarem quase 6%, depois de o banco basco não ter conseguido levar a bom porto a sua oferta pública de aquisição (OPA) sobre o banco Sabadell - não alcançando, sequer, 26% do capital, quando o objetivo era conseguir metade das ações do rival. Já o Sabadell registou uma das maiores desvalorizações no setor, tendo chegado a cair mais de 9% para fechar a sessão a ceder 6,78%.    

Novos dados por cá

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os indicadores de conjuntura relativos a setembro e o Banco de Portugal apresenta os dados da balança de pagamentos em agosto.

Ásia e América do Sul em foco

Os mercados europeus e norte-americanos vão estar a reagir à divulgação, na China, dos números do PIB do terceiro trimestre, bem como dos dados de setembro para a taxa de desemprego, índice de preços das casas, produção industrial e vendas a retalho. Já na Argentina teremos os dados da balança comercial referentes a setembro.

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