"Portugal tem vários atrativos para o investidor internacional", diz BlackRock

O diretor da BlackRock Portugal admite que se tem observado um "excecionalismo ibérico" no último ano, o que faz com que Portugal seja visto como "oportunidade de diversificação".
André Themudo, diretor da BlackRock em Portugal.
David Cabral Santos
Inês Pinto Miguel 14:17

Não é segredo que a BlackRock investe em Portugal, tendo um portefólio diversificado, entre os mercados públicos, obrigações e os mercados privados. Mesmo com o mundo em constante mudança, André Themudo, diretor da BlackRock em Portugal, lembra que a empresa de gestão de ativos e riscos "investe mais de cinco mil milhões de dólares na economia portuguesa", mostrando que está cá para ficar. 

"Portugal tem vários pontos que são atrativos para o investidor internacional. A relativa estabilidade política é um desses fatores", revelou o responsável durante o painel "A Economia em Ebulição" na conferência de aniversário do Negócios, O Poder de Acontecer 3.0. 

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"Temos visto um excecionalismo ibérico, tendo em conta o crescimento de Portugal e Espanha no último ano, que se posicionou acima da média europeia, faz com que olhemos para Portugal como uma oportunidade de diversificação de outros investimentos", vincou.

"É verdade que Portugal, tendo em conta a sua dimensão, tem o peso que tem numa carteira global. Nunca será um principal mercado", alerta, ainda que evidenciando que os portugueses são capazes de investir, principalmente em produtos como os ETF. "87% dos investidores portugueses que têm ETF fazem-nos a partir de plataformas digitais, um valor igual ao Reino Unido e acima dos dinamarqueses e holandeses. Esta é uma dimensão relativa que pode ser facilitadora de novas tecnologias e medidas". 

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Para André Themudo, os líderes estão a conseguir ultrapassar as fases mais complexas. "Há vários atrativos, não só pela qualidade de gestão em algumas companhias ou pela exposição de muitas empresas a mercados e dinâmicas fora de Portugal".

Para o diretor da BlackRock em Portugal, esta exposição é essencial no mundo atual, até porque as companhias "não pagam a volatilidade" por estarem num mercado por uma via indireta. 

"Também as dinâmicas demográficas de Portugal, no sentido de imigração e de captação de estrangeiros [é um atrativo]. Tudo isso despoletou um maior profissionalismo em muitas áreas, isso é um atrativo em áreas específicas. A qualidade de gestão é um dos fatores principais quando olhamos para Portugal", referiu.

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