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IMF – Inflação no Reino Unido acelerou

PMI Compósito da Zone Euro em máximos de 15 meses; Inflação no Reino Unido acelerou para os 3,8% em julho; Petróleo tenta quebrar resistência dos $64/barril; Ouro com semana positiva

25 de Agosto de 2025 às 11:30

| PMI Compósito da Zone Euro em máximos de 15 meses

O indicador avançado PMI compósito HCOB da Zona Euro subiu em agosto para 51,1 pontos, o valor mais elevado em 15 meses e acima das previsões dos analistas, que antecipavam uma desaceleração. O indicador manteve-se acima da marca dos 50 pontos, que separa o crescimento da contração, confirmando o terceiro mês consecutivo de expansão e sinalizando uma recuperação da economia, apesar das dificuldades nas exportações e das pressões inflacionistas. A indústria foi o principal motor da melhoria, regressando a território positivo (50,5 pontos) após mais de três anos em queda, enquanto os serviços perderam força, mas continuaram a crescer (50,7). Apesar do otimismo, a inflação dos custos de produção atingiu o valor mais alto dos últimos cinco meses, obrigando as empresas a transferir parte dessas pressões para os preços finais.

O Eur/Usd iniciou a última semana com uma ligeira tendência de desvalorização, levando o par a renovar mínimos de 6 de agosto abaixo dos $1,16 No entanto, na última sessão da semana, após o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole, no qual o presidente da FED abordou a possibilidade de um corte das taxas de juro já em setembro, o Eur/Usd inverteu a sua trajetória e recuperou para níveis acima de $1,17. O indicador MACD abriu o sinal de compra, enquanto a média móvel de 200 dias ultrapassou o nível dos $1,10.

Taxa de câmbio euro/dólar mostra volatilidade no mercado cambial

| Inflação no Reino Unido acelerou para os 3,8% em julho

Em julho, a inflação no Reino Unido registou uma subida anual de 3,8%, o valor mais alto dos últimos 18 meses e o mais acentuado entre as economias do G7. Os dados aproximam-se da previsão do Banco de Inglaterra, que aponta para um pico de 4% em setembro, o dobro da meta oficial de 2%. O principal fator de pressão foi o setor dos transportes, com uma subida de 3,2% nos preços, impulsionada pelo aumento de 30,2% nas tarifas aéreas durante as férias escolares. Pode ter sido apenas um pico sazonal nos preços. Apesar de estar longe do pico de 11,1% registado em 2022, a subida da inflação gera receios sobre o impacto nos salários, nas pensões e até em preços regulados, como transportes. Perante este cenário, o Banco Central poderá abrandar o ciclo de cortes das taxas de juro, mesmo com sinais de enfraquecimento no mercado laboral.

O Eur/Gbp valorizou de forma constante, mas ligeira, ao longo da última semana, tendo-se afastado lentamente do suporte presente nas £0,86. Atualmente, o par ronda as £0,8650, com a sua próxima resistência está nas £0,8750. O indicador MACD encurtou o seu sinal de venda e a média móvel a 200 dias subiu para as £0.8446.

Taxa de câmbio Euro/Libra Esterlina e indicadores MACD

| Petróleo tenta quebrar resistência dos $64/barril

O preço do petróleo variou num intervalo estreito durante a última semana ($62-$64), tendo inicialmente recuado ligeiramente com confiança de que os EUA não iriam colocar novas sanções à Rússia. No entanto, posteriormente, os preços do petróleo recuperaram após os uma queda acima do esperado nos inventários de crude dos EUA, que recuaram 6 milhões de barris na última semana.

O petróleo apresentou uma tendência apenas muito ligeiramente positiva praticamente durante toda a semana, tendo tentado ultrapassar, até ao momento sem sucesso, a resistência presente no nível dos $64/barril. É de recordar que o petróleo está a transacionar abaixo da resistência mencionada desde o início do mês de agosto.

Preço do petróleo tenta quebrar resistência nos $64 por barril

| Ouro com semana positiva

O ouro registou uma semana positiva, beneficiando do enfraquecimento do dólar principalmente após Jerome Powell, presidente da FED, no seu discurso em Jackson Hole, abrir portas para um corte nas taxas de juro já na reunião de setembro, principalmente devido aos desafios crescentes no mercado de trabalho.

O ouro iniciou a semana com uma pequena desvalorização, levando o preço do metal precioso para a zona dos $3310/onça, onde renovou os mínimos de 1 de agosto. Posteriormente, o ouro inverteu a tendência até então apresentada e recuperou o terreno perdido, o que o levou a encerrar a semana com uma ligeira valorização.

Gráfico de preços do ouro (XAU) em dólares americanos (USD) por onça

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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